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Dennis Zagha Bluwol
Reflexões sobre os movimentos “ambientalistas” e de “libertação animal” sob a ótica do conceito de “natureza” em tempos de capitalismo.
Eng. Alfredo Akira Ohnuma Jr.
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A ‘voz’ do meio ambiente
Paula Schuwenck 
A revolução da evolução
O Vegetarianismo e sua Pegada Ecológica

Um Hábito Alimentar Sustentável
Eng° Ambiental Alfredo A. Ohnuma Júnior
e-mail: fred@guiavegano.com


O cuidado com o meio ambiente deveria ser, obrigatoriamente, uma das principais ações do ser humano. Cuidar da água, do ar, das florestas, da flora e da fauna, ou seja, de todos os bens naturais que utilizamos e interagimos, é o mesmo que cuidar da vida como ela é. É saber pertencer a Mãe Natureza e estabelecer um vínculo de respeito, pois fazemos parte de um mesmo sistema, de um mesmo cenário, de uma mesma existência e experiência planetária. No entanto, são ações que se desfazem ao meio de tantos desejos e “necessidades” humanas. As pessoas tendem a ignorar a preservação do que é inerte e daquilo que não possui voz ativa no mercado de consumo.

Diante da presença de uma cultura massificante, o vegetarianismo, como elemento de transformação eco-social, se apresenta como um dos principais aliados na preservação da natureza. Embora não evidente, o fato é que a influência do hábito alimentar baseado no vegetarianismo determina uma redução do passivo ambiental, uma vez que atribui valores consultivos que interferem no consumo, no modo de produção, na economia e nos gastos energéticos.

Qual é a frequência que você consome produtos de origem animal, tipo: carne, peixes, ovos e laticínios?


Figura 1 – Pegada Ecológica Alimentar: área em hectares de terra global
para satisfazer uma determinada dieta alimentar.


Uma dieta baseada no consumo de grãos e cereais, frutas, verduras e legumes, requer para o plantio menos terra e energia quando comparado com a produção e consumo de alimentos não-vegetarianos. Dados recentes do Redefining Progress, indicam que precisamos em média cerca de 0.78 hectares de terra para produzir uma tonelada de comida vegetariana, enquanto que para produzir a mesma quantidade de comida carnívora, precisamos de 2.1 hectares globais de terra. A utilização de recursos naturais para a produção de alimentos e a capacidade com que a natureza tem para fornece-los, delimita um índice de importância ambiental chamado “Pegada Ecológica Alimentar” (Ecological Food Footprint). Este indicador mede os produtos ecologicamente renováveis e não-renováveis em áreas de terras que são requeridas para suportar as demandas de recursos e absorver assim os desperdícios gerados pela população e suas atividades específicas. A pegada ecológica dos alimentos inclui a criação de animais de pastagens em geral, fazendas e peixes. Compreende os gastos gerados desde sua fase de crescimento, bem como a energia despendida no processo de criação e transporte.


A partir deste breve questionamento, é possível apresentar através da “Pegada Ecológica Alimentar” o quanto necessitamos de terra para atender a demanda planetária. Uma dieta vegetariana corresponde a um consumo de área global aproximado de 8% para satisfazer este hábito, enquanto que uma dieta baseada exclusivamente no consumo da carne requer quase 30% de área global. Isto indica que os nossos hábitos alimentares consomem parte significativa do Planeta e que, portanto seguramente alteram o comportamento natural de bens renováveis e não-renováveis.


Figura 2 – Evolução de nossa pegada ecológica alimentar em função do tipo de alimentação.

A medida que o consumo por produtos de origem animal aumenta, nossa pegada ecológica tende a aumentar, ou seja, aumentamos nossa participação devastadora no consumo de produtos e materiais provenientes da natureza. Alimentos vegetarianos necessitam em média de 0.4 hectares de terra para atender a demanda de uma única pessoa; sendo que os ovo-lacto-vegetarianos requerem 0.5 hectares de terra e os carnívoros extremos necessitam de 1.4 hectares globais de terra.


Mundialmente, existem 1.8 hectares globais de área biologicamente produtiva por pessoa para que seja possível atender as necessidades humanas. Só que para este índice, inclui-se outros hábitos além do alimentar, como: mobilidade e transportes, habitação, bens de consumo e serviços.


Portanto, o hábito do vegetarianismo alimenta menos gastos. Sua forma de produção é menos onerosa em comparação com a dos alimentos carnívoros, além de estar energicamente mais próximo do consumo renovável ou sustentável.

Descubra sua pegada ecológica respondendo ao questionário On-line no site www.myfootprint.org




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