Mil manifestantes fecham rua de SP para pedir a saída do diretor do CCZ

De
forma pacífica, os ativistas pediam com faixas, cartazes e palavras de
ordem, a saída do diretor Marco Antonio Vigilato. As ONGs acusam o CCZ
de maus-tratos e de descumprir a lei estadual que proíbe o extermínio
de cães e gatos sadios.
A lei estadual nº. 12.916,
de 2008, proíbe a “eliminação da vida” de cães e gatos pelos órgãos de
controle de zoonoses e canis públicos, com exceção da eutanásia, que é
permitida em casos de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis.
A lei ainda prevê incentivos a programas de adoção de animais, controle
reprodutivo e campanhas educacionais para a população.

De
acordo com os manifestantes, o atual diretor criou muitas dificuldades
no processo de doação de cães de grande porte, mesmo os dóceis; proibiu
que entidades e protetores cadastrados retirassem os animais do local
para levá-los a eventos de adoção durante os finais de semana; proibiu
que os animais fossem fotografados com o objetivo de divulgação para
doações; impediu, inclusive, que os animais tomassem banhos (que seriam pagos por protetores).
Segundo
Carlos Rosolen, diretor do Projeto Esperança Animal (PEA), “a
prefeitura de São Paulo mata 95% dos animais recolhidos das ruas, sendo
que a grande maioria é sadia”. “Os programas que estavam dando
resultados foram cancelados na atual administração e o centro está
descumprindo a legislação”, completa.

A
comissão pediu que Vigilato apresentasse um cronograma, com início
imediato, de implantação de condições dignas de abrigo e cuidados para
com os animais e, também, a reativação do trabalho das ONGs dentro do
CCZ. Ao responder de maneira evasiva, tangenciando o foco da questão,
Vigilato provocou revolta entre os participantes da reunião, que em
sinal de protesto se retiraram.
Segundo
os protetores, as possibilidades de negociação com Vigilato foram
encerradas. Eles acreditam que apenas com a saída dele do CCZ a
situação possa ser resolvida. Rita Garcia, coordenadora coordenadora do
programa de proteção e bem estar de cães e gatos da Prefeitura de São
Paulo, disse que o município terá um centro de adoção a partir de 2010.
Ela também se comprometeu a permitir que as ONGs ajudem no trato dos
animais. A próxima manifestação, ainda sem data, será realizada em
frente ao prédio da prefeitura de São Paulo.

Fotos: Fernanda Franco (ANDA)
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