Se comer demais, não dirija
Maus hábitos alimentares podem provocar sonolência ao volante
– Trabalhar depois do almoço é dureza, principalmente se o seu cardápio for rico em gorduras, frituras, carnes, condimentos e molhos. Além de uns quilinhos a mais, essa dieta pode provocar sensação de torpor e sonolência, que reduzem a eficiência em muitas atividades, entre elas, dirigir.
“O sono diminui em 50% a concentração”, afirma o médico Dirceu Rodrigues Alves, chefe do departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Estudos internacionais apontam que 29 a 32% dos acidentes de trânsito envolvem um motorista que dormiu ao volante; 17 a 19% das mortes nas vias envolvem alguém que cochilou ou dormiu na direção. Quanto dessa sonolência foi causada pela dieta dos motoristas não se sabe, mas, segundo especialistas, a alimentação pode afetar muito o comportamento do condutor.
Sinal vermelho para gordura
De acordo com o nutricionista George Guimarães, especialista em nutrição clínica, “alimentos mais ricos em gorduras ou de digestão lenta exigem mais do organismo e com isso desviam a atenção do metabolismo para executar tarefas como dirigir, reduzindo o nível de concentração e provocando o sono”.
A piloto da Indy Lights Ana Beatriz Figueiredo diz apostar no cardápio leve para que seu rendimento não seja prejudicado. "Minha alimentação no dia da corrida é bem leve. Opto por um café da manhã reforçado, pois chegamos na pista no máximo uma hora antes do treino. Durante o dia, como frutas, barras de cereais, tomo muito líquido; no almoço, salada e um pouco de massa, quando possível. Costumo deixar de comer até 30 minutos antes de entrar no carro. Durante o final de semana da corrida, evito carne vermelha, pois é um alimento mais pesado."
Os cuidados de Figueiredo não são apenas para os pilotos. Alves explica que, “no pós-refeição, acontece a distensão do tubo digestivo, maior o fluxo de sangue para as vísceras para promoção do processo digestivo, ao mesmo tempo em que ocorre produção da melatonina por estímulo dos carboidratos ingeridos, daí o aparecimento de distúrbios gastrintestinais e sonolência, que se intensificará se o ambiente tiver pouca luz. Deu sono pare em local seguro e durma. Não há substitutos para essa necessidade fisiológica”.
Os peso pesados
Para a nutricinista Solange de Oliveira Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas, o bom senso é fundamental. “Ao sair de casa para o trabalho ou para uma viagem, não esteja em jejum, principalmente após um longo período de sono, o que pode acarretar em um quadro de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), quando o motorista pode sofrer sonolência, visão dupla e até perder a consciência, o que com certeza provocará um acidente”.
Com os alimentos mais pesados, isto é, de difícil digestão – como preparações com vários tipos de carnes (ex.: feijoada), e cheias de frituras e molhos gordurosos –, o organismo fica sobrecarregado, pois precisa cuidar da digestão e de outras tarefas que já estava fazendo.
“O adequado é não ingerir bebidas alcoólicas, já que vai dirigir e seus reflexos devem estar ok, fazer refeições mais leves, com porções menores, à base de frutas, verduras, legumes e carnes, de preferência cozidas ou grelhadas, o que vai facilitar a digestão”, aconselha Saavedra.
Churrasquinho presente de grego
Os alimentos vendidos na estrada também merecem cuidado, já que não se sabe a procedência e como foram preparados. “A melhor precaução é comer o menos possível, para evitar surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), o que pode estragar a sua viagem e a disposição para dirigir”, diz a especialista, que recomenda:
• lembre-se de lavar bem as mãos com água e sabão antes de comer;
• assegure-se de que a comida servida esteja bem quente e bem cozida;
• não coma alimentos crus, com exceção das frutas que podem ser descascadas e cujas cascas estejam íntegras;
• não consuma sorvetes de procedência duvidosa;
• evite preparações culinárias que contenham ovos crus (ex: gemada, maionese caseira).
Melhores horários para se alimentar
“Não há um tempo ideal para se alimentar antes de assumir o volante”, diz Saavedra, pois isso vai depender de pessoa para pessoa. Entretanto, segundo a especialista, “é aconselhável alimentar-se pelo menos uma hora antes de sair, pois já terá tido início a digestão”.
Bom combustível para o corpo
O nutricionista George Guimarães ensina (abaixo) um cardápio ao mesmo tempo muito nutritivo, rico em fibras, pobre em gordura e de fácil digestão, o que permite um bom nível de atenção ao volante.
Para os momentos em que bater sonolência, o conselho do nutricionista é recorrer a uma fruta fresca de sabor ácido e refrescante (laranja, tangerina, carambola, abacaxi), que ajudam a elevar o nível de alerta.
Outra opção, segundo o especialista, é ter por uma fruta seca como o damasco ou o figo seco. “São uma opção fácil de carregar e, se consumidos quando o nível de atenção estiver diminuído, o seu teor de açúcar de absorção em velocidade moderada poderá ajudar a elevá-lo. Cuide apenas para não consumir esses alimentos em quantidade grande nesse momento, pois uma elevação exagerada poderá ter efeito oposto”, alerta.
“Alimentos cujo conteúdo de carboidratos é absorvido a uma taxa mais lenta são os melhores, pois evitam uma queda brusca no nível glicêmico. Os cereais integrais são o melhor exemplo desses alimentos. Nesse aspecto, a dieta vegetariana tem muito em que beneficiar aos motoristas que querem evitar riscos no volante”, aconselha o Guimarães.
Desjejum
Leite de soja (sem açúcar) com granola e frutas frescas
Almoço
Salada crua
Vegetais escuros refogados
Arroz integral
Tofu (queijo de soja)
Jantar
Sanduíche de pão integral com verduras e pasta de soja ou sopa de raízes.
fonte: Webmotors
– Trabalhar depois do almoço é dureza, principalmente se o seu cardápio for rico em gorduras, frituras, carnes, condimentos e molhos. Além de uns quilinhos a mais, essa dieta pode provocar sensação de torpor e sonolência, que reduzem a eficiência em muitas atividades, entre elas, dirigir.
“O sono diminui em 50% a concentração”, afirma o médico Dirceu Rodrigues Alves, chefe do departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Estudos internacionais apontam que 29 a 32% dos acidentes de trânsito envolvem um motorista que dormiu ao volante; 17 a 19% das mortes nas vias envolvem alguém que cochilou ou dormiu na direção. Quanto dessa sonolência foi causada pela dieta dos motoristas não se sabe, mas, segundo especialistas, a alimentação pode afetar muito o comportamento do condutor.
Sinal vermelho para gordura
De acordo com o nutricionista George Guimarães, especialista em nutrição clínica, “alimentos mais ricos em gorduras ou de digestão lenta exigem mais do organismo e com isso desviam a atenção do metabolismo para executar tarefas como dirigir, reduzindo o nível de concentração e provocando o sono”.
A piloto da Indy Lights Ana Beatriz Figueiredo diz apostar no cardápio leve para que seu rendimento não seja prejudicado. "Minha alimentação no dia da corrida é bem leve. Opto por um café da manhã reforçado, pois chegamos na pista no máximo uma hora antes do treino. Durante o dia, como frutas, barras de cereais, tomo muito líquido; no almoço, salada e um pouco de massa, quando possível. Costumo deixar de comer até 30 minutos antes de entrar no carro. Durante o final de semana da corrida, evito carne vermelha, pois é um alimento mais pesado."
Os cuidados de Figueiredo não são apenas para os pilotos. Alves explica que, “no pós-refeição, acontece a distensão do tubo digestivo, maior o fluxo de sangue para as vísceras para promoção do processo digestivo, ao mesmo tempo em que ocorre produção da melatonina por estímulo dos carboidratos ingeridos, daí o aparecimento de distúrbios gastrintestinais e sonolência, que se intensificará se o ambiente tiver pouca luz. Deu sono pare em local seguro e durma. Não há substitutos para essa necessidade fisiológica”.
Os peso pesados
Para a nutricinista Solange de Oliveira Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas, o bom senso é fundamental. “Ao sair de casa para o trabalho ou para uma viagem, não esteja em jejum, principalmente após um longo período de sono, o que pode acarretar em um quadro de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), quando o motorista pode sofrer sonolência, visão dupla e até perder a consciência, o que com certeza provocará um acidente”.
Com os alimentos mais pesados, isto é, de difícil digestão – como preparações com vários tipos de carnes (ex.: feijoada), e cheias de frituras e molhos gordurosos –, o organismo fica sobrecarregado, pois precisa cuidar da digestão e de outras tarefas que já estava fazendo.
“O adequado é não ingerir bebidas alcoólicas, já que vai dirigir e seus reflexos devem estar ok, fazer refeições mais leves, com porções menores, à base de frutas, verduras, legumes e carnes, de preferência cozidas ou grelhadas, o que vai facilitar a digestão”, aconselha Saavedra.
Churrasquinho presente de grego
Os alimentos vendidos na estrada também merecem cuidado, já que não se sabe a procedência e como foram preparados. “A melhor precaução é comer o menos possível, para evitar surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), o que pode estragar a sua viagem e a disposição para dirigir”, diz a especialista, que recomenda:
• lembre-se de lavar bem as mãos com água e sabão antes de comer;
• assegure-se de que a comida servida esteja bem quente e bem cozida;
• não coma alimentos crus, com exceção das frutas que podem ser descascadas e cujas cascas estejam íntegras;
• não consuma sorvetes de procedência duvidosa;
• evite preparações culinárias que contenham ovos crus (ex: gemada, maionese caseira).
Melhores horários para se alimentar
“Não há um tempo ideal para se alimentar antes de assumir o volante”, diz Saavedra, pois isso vai depender de pessoa para pessoa. Entretanto, segundo a especialista, “é aconselhável alimentar-se pelo menos uma hora antes de sair, pois já terá tido início a digestão”.
Bom combustível para o corpo
O nutricionista George Guimarães ensina (abaixo) um cardápio ao mesmo tempo muito nutritivo, rico em fibras, pobre em gordura e de fácil digestão, o que permite um bom nível de atenção ao volante.
Para os momentos em que bater sonolência, o conselho do nutricionista é recorrer a uma fruta fresca de sabor ácido e refrescante (laranja, tangerina, carambola, abacaxi), que ajudam a elevar o nível de alerta.
Outra opção, segundo o especialista, é ter por uma fruta seca como o damasco ou o figo seco. “São uma opção fácil de carregar e, se consumidos quando o nível de atenção estiver diminuído, o seu teor de açúcar de absorção em velocidade moderada poderá ajudar a elevá-lo. Cuide apenas para não consumir esses alimentos em quantidade grande nesse momento, pois uma elevação exagerada poderá ter efeito oposto”, alerta.
“Alimentos cujo conteúdo de carboidratos é absorvido a uma taxa mais lenta são os melhores, pois evitam uma queda brusca no nível glicêmico. Os cereais integrais são o melhor exemplo desses alimentos. Nesse aspecto, a dieta vegetariana tem muito em que beneficiar aos motoristas que querem evitar riscos no volante”, aconselha o Guimarães.
Desjejum
Leite de soja (sem açúcar) com granola e frutas frescas
Almoço
Salada crua
Vegetais escuros refogados
Arroz integral
Tofu (queijo de soja)
Jantar
Sanduíche de pão integral com verduras e pasta de soja ou sopa de raízes.
fonte: Webmotors
- Última atualização em .