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Chicote Nunca Mais retira 17 cavalos do depósito da EPTC

Fotos: RSantini
cavalos
Na última segunda-feira, dia 2 de agosto, a ONG Chicote Nunca Mais recolheu 17 cavalos liberados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação, que estavam em Cabanha localizada na zona rural de Porto Alegre. O pedido era feito desde março, sendo atendido somente agora, com custas de transporte e remoção dos animais correndo por conta da Chicote. Segue relato da presidente da entidade, Fair Soares.



"Marcaram para as 15h, e lá estávamos a postos. Às 16h ainda estavam copiando documentos e esperando os que chegariam do Departamento Jurídico da EPTC. A coisa foi enrolando e o frio, por sua vez, aumentando. Eram 17h e o documento de doação, conforme determina a lei, estava errado. Aliás, na retirada passada foi o mesmo equívoco, quando levaram três meses para liberar dois cavalos de um alvará judicial. A solução chegou quando o Ministério Público do Meio Ambiente interveio, já quase anoitecendo. Um agente que estava no local estava preocupadíssimo, porque o ônibus que ele usava tinha poucos horários".



"Quando finalmente conseguimos recolher 15 dos 20 cavalos que havíamos pedido, era noite escura. Pegamos mais um com olho vazado que não estava no pedido e outro que fez uma cirurgia nos tendões, na UFRGS. Toda a população está acostunada a ouvir a choradeira dos dirigentes da EPTC, de que estão com muitos cavalos, no entanto quando há uma ONG de idoniedade comprovada, respeitada pelo trabalho que desenvolve e que contribui com a redução do plantel, eles demoram todo este tempo, evidenciando desorganização, ingerência e pouco conhecimento da Lei Ambiental. Além do que, pede-se um número de animais e eles liberam outro. Será que isso ocorre porque a coisa é publica? Quem sabe pensam que são os donos dos cavalos? Acho que talvez não sabem que é o erário público que paga o recolhimento, estada dos bichos e os salários deles. Freqüentemente não atendem a população quando se pede ajuda para algum cavalo, e muitos são grosseiros e mal-educados".



"Vamos continuar buscando cavalos na EPTC porque temos um acordo com o prefeito municipal, José Fortunati, de relocarmos os animais recolhidos, conforme faculta a Lei Federal e, ele está mantendo suspensos os leilões. Existe um grande número de animais com deforminades incapacitantes, cavalos cegos, com problemas articulares, dentre outros. Em Porto Alegre, não dá para dizer que cavalo de carroça não é vítima. A Prefeitura não dispõe de local adquado para colocá-los. Creio que é justo, pois esses animais vêm recolhendo o lixo da cidade gratuitamente para a Prefeitura, e o prêmio não pode ser o leilão. Isso é colocar o dinheiro público no lixo. O cavalo que teve uma recuperação mascarada volta para a rua e, seguramente, vai cair logo adiante. Vamos pagar todo o recolhimento e albergamento novamente? Tenho dúvidas de que haja no depósito o número de cavalos alardeado pela EPTC, que seriam 90 eqüinos. Se houvesse, não levariam cinco meses para entregar 15 cavalos, faltando 25% do pedido. Não é coerente".

Fonte: http://chicotenuncamais.org/

 

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