Vanguarda Abolicionista promove mais uma Sexta-feira Sem Pele em Porto Alegre
Fotos: RSantini
A Esquina Democrática, mais famoso cruzamento de ruas de Porto Alegre, palco de manifestações de diferentes matizes, viveu na tarde desta sexta-feira, 26 de novembro, as emoções de uma Sexta-Feira Mundial Sem Pele. Evento que ocorre simultaneamente em centenas de países, registrou ações no Brasil por parte do Holocausto Animal, em São Paulo, e pela Vanguarda Abolicionista, na Capital gaúcha. Diversos banners de tamanho grande mostraram de forma nua e crua a indústria das peles – incluíndo aí o tradicional couro, que muitas vezes passa despercebido e tem no RS um tradicional produtor.
A Vanguarda Abolicionista levou para o calçadão do Centro portoalegrense um total de 23 de seus apoiadores, inclusive dois do Paraná, ligados à ONCA. Um dos ativistas da VAL ficou apenas de sunga, jogado no chão e coberto de sangue falso, atraindo a atenção dos milhares de passantes.
Cerca de dois mil impressos de conscientização contra o uso de peles foi distribuído durante a tarde, além de panfletos diversos – com a barraca do grupo enfeitada por um velho casaco de peles pichado de tinta. A ocasião também permitiu a coleta de assinaturas contra a importação de girafas para o Zoológico de Sapucaia do Sul, dentro do movimento Lugar de Animal, coalizão da qual a Vanguarda faz parte.
A maioria dos populares se mostrou surpreso com a verdade de violência contra os animais denunciada pela ação. “Eu mesmo trabalho no ramo de peles, mas as ‘coisas’ chegam prontas para a gente, nem sabia que era assim que faziam”, confessou um senhor de meia-idade, ao ser abordado. Muitos também foram os que pediram informações sobre o uso de couro vegetal, materiais sintéticos e fibras naturais. “Não come carne, não fuma, não bebe, não joga, não trepa… se mata!”, deobochou um idoso que mal escutou as propostos de um dos manifestantes e já decreteu seu conceito equivocado.
Mas centenas de outros – inclusive a banda argentina Boom Boom Kid, que passou pelo local – parabenizaram pela atividade pedagógica, e pela coragem de fazê-lo, em meio a um Estado exportador de pele de chinchila e de couro bovino, entre outros.
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