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Reino Unido aprova proibição de animais em circos

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Por Natalia Cesana  (da ANDA) | Mais de 50 parlamentares de todos os partidos majoritários votaram unanimemente pela completa proibição do uso de animais nos circos do Reino Unido. Um forte debate ocorrido recentemente desafiou a diretiva do primeiro-ministro e deixou o governo sem outra alternativa que a de libertar leões e tigres dos circos.

O voto histórico foi contra as intenções de David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, que insistia em impor restrições para o uso de animais, prática que contraria as leis europeias  e motivaria ações legais. Segundo informações da Care2, atualmente, existem 40 mil animais em três circos do Reino Unido sendo explorados.

“Os parlamentares enviaram ao governo uma instrução clara e agora eles devem prosseguir com os trabalhos para o banimento. Todo o debate e a decisão expuseram e deixaram claro como o governo não estava em sintonia nem com seus pares nem com os grupos que defendem o bem-estar animal”, disse Jan Creamer, diretor executivo do grupo Defensores Internacionais dos Animais (ADI), ao The Independent.

Mês passado, o ADI divulgou que, de acordo com uma pesquisa online feita pelo grupo, 72% das pessoas que votaram apoiavam a proibição. Ano passado, outro levantamento, desta vez feito pela Secretaria de Desenvolvimento, Alimentação e Assuntos Agrários, atestou que 94,5% da população era a favor da proibição.

Durante as discussões, o coronel Bob Stewart, oficial do exército e ex-integrante do Partido Conservador, contou a história de um circo abandonado, descoberto por ele quando comandava as Forças da ONU na Bósnia, que explorava ursos. “Encontrei um urso dentro de uma jaula em uma terra de ninguém, que estava há quatro semanas preso, sem água e completamente infeliz. E ele não sairia de lá de dentro nem por mel”, disse.

Stewart disse que os soldados levaram o urso para a Croácia e que mais tarde o animal foi para a Holanda. “Ele agora está no Zoológico de Amsterdã. Eu apoio completamente a ideia de acabar com aprisionamento de animais em jaulas”, finalizou o coronel.

O voto, entretanto, não obriga o governo a adotar a proibição. A manifestação serve apenas para guiar o governo a introduzir a nova lei a partir de 1º de julho. Mas o ministro do Bem-estar Animal, Jim Paice, disse à Câmara dos Comuns que se o debate levou à aprovação da proposta, o governo vai respeitar o que foi decidido.

“Esta é uma vitória para a democracia e para o bem-estar animal”, disse a Sociedade Real de Prevenção à Crueldade Animal (RSPCA). A entidade espera ainda que o governo anuncie formal e rapidamente a proibição.

Fonte: Vista-se

 

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