Carmim, Cochonilha e Ácido Carmínico (Carmine. Cochineal. Carminic Acid.)

Guia Definitivo sobre o Corante Carmim de Cochonilha (INS 120): Origem, Uso e Alternativas para o Consumidor Vegano
Introdução: A Cor Vermelha nos Alimentos e a Importância da Origem
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A cor é um dos atributos sensoriais mais influentes na percepção e aceitação de um produto alimentício pelo consumidor.1 Ela não apenas atrai o olhar, mas também cria expectativas sobre sabor e qualidade. Ciente disso, a indústria de alimentos utiliza corantes para padronizar, intensificar ou restaurar a coloração que pode ser perdida durante o processamento e armazenamento.2 Nesse contexto, a busca por ingredientes "naturais" tem crescido, impulsionada por consumidores que desejam evitar aditivos sintéticos.
É dentro dessa tendência que surge um paradoxo significativo: o corante carmim. Classificado como "natural" por ser extraído de uma fonte biológica 4, ele é um dos pigmentos vermelhos mais estáveis e utilizados no mundo. Contudo, sua origem é estritamente animal, o que o coloca em direto conflito com os princípios éticos do veganismo e do vegetarianismo.5 Fica evidente que, no universo dos aditivos, o termo "natural" não é sinônimo de "vegetal" ou "livre de crueldade animal".8
Este relatório apresenta uma análise científica, detalhada e definitiva sobre o corante carmim, desde sua origem no inseto cochonilha até sua onipresença em produtos de supermercado. O objetivo é fornecer à comunidade vegana um guia completo, capacitando-a com o conhecimento necessário para a leitura crítica de rótulos e para a tomada de decisões de consumo que sejam conscientes e verdadeiramente alinhadas com seus valores.
Seção 1: Desvendando a Terminologia: Cochonilha, Ácido Carmínico e Carmim
Para compreender plenamente o aditivo em questão, é fundamental esclarecer a terminologia que o cerca. Os termos "cochonilha", "ácido carmínico" e "carmim" são frequentemente utilizados como sinônimos, mas, na realidade, representam estágios distintos de um mesmo produto de origem animal, desde a matéria-prima bruta até o aditivo industrial processado.10
Cochonilha (Cochineal): O Inseto
A cochonilha é a fonte primária do corante. Este é o nome comum dado a um pequeno inseto, cuja espécie mais utilizada comercialmente é a Dactylopius coccus.4 As fêmeas desta espécie são sésseis (vivem fixas) e se desenvolvem como parasitas em cactos do gênero Opuntia, popularmente conhecidos como palma forrageira.10 São os corpos secos e triturados dessas fêmeas, colhidas pouco antes da postura dos ovos, que servem como matéria-prima para a fabricação do pigmento.10
Ácido Carmínico (Carminic Acid): A Molécula de Pigmento
O ácido carmínico é a substância química que efetivamente confere a cor vermelha. Trata-se de um composto orgânico complexo, quimicamente uma hidroxiantraquinona ligada a uma unidade de glicose (C22H20O13), que funciona como o princípio ativo do corante.15 Na natureza, o inseto produz o ácido carmínico como um potente mecanismo de defesa para repelir seus predadores naturais.13 Esta molécula chega a constituir entre 10% e 20% do peso corporal seco do inseto, o que justifica sua exploração comercial.4
Carmim ou Carmins (Carmine): O Aditivo Alimentar Processado
O carmim é o produto final, o aditivo alimentar como é encontrado na indústria. Ele não é simplesmente o inseto moído, mas um pigmento quimicamente modificado para ser mais estável e versátil.19 O processo envolve a extração do ácido carmínico dos insetos triturados, sua purificação e, em seguida, sua precipitação com sais de alumínio e/ou cálcio. Este tratamento forma um complexo insolúvel e altamente estável conhecido como "laca de carmim".21
Essa transformação química é o que torna o carmim tão valioso para a indústria alimentícia. A forma de "laca" confere ao corante uma excepcional estabilidade ao calor, à luz e a variações de pH, propriedades que muitas alternativas de origem vegetal não possuem com a mesma eficácia.15 A nomenclatura oficial adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na sua regulamentação mais recente é "Carmins".24
É importante também desmistificar uma informação incorreta que ocasionalmente circula em fontes mais antigas ou menos rigorosas: a de que o carmim seria derivado de "lesmas".14 Esta confusão é infundada; a base científica e industrial do corante E120/INS 120 é exclusivamente o inseto cochonilha. A origem do equívoco pode estar na etimologia: a palavra "vermelho" em português deriva do latim vermiculus, que significa "vermezinho" ou "verme", um termo que os romanos usavam para se referir a vários insetos dos quais extraíam pigmentos vermelhos.26
Seção 2: A Origem Animal do Corante: Biologia, História e Criação do Dactylopius coccus
A origem do corante carmim é inequivocamente animal, um fato estabelecido por sua classificação científica e por uma longa história de exploração humana.
Classificação Científica e Biologia
O inseto Dactylopius coccus pertence ao Reino Animalia, Filo Arthropoda, Classe Insecta e Ordem Hemiptera.12 Esta classificação o posiciona claramente como um animal, especificamente um inseto. Medindo entre 3 e 5 mm, apresenta um notável dimorfismo sexual: as fêmeas são maiores, ovais e sem asas, vivendo de forma sésseil (fixa) nos cactos, enquanto os machos são muito menores e possuem asas, vivendo apenas o tempo suficiente para fertilizar as fêmeas.12 Seu ciclo de vida, desde a ninfa até o adulto, dura aproximadamente três meses, período em que se alimenta continuamente da seiva e da umidade dos cactos do gênero Opuntia.12
Uma História de Valor: O "Ouro Vermelho"
A utilização da cochonilha para a produção de corante vermelho remonta a séculos antes da chegada dos europeus às Américas. Civilizações pré-colombianas, como os Astecas e Maias na Mesoamérica e os povos Andinos na América do Sul, já dominavam a técnica de cultivo e extração do pigmento para tingir tecidos nobres, para fins cerimoniais e como item de tributo.5
Após a conquista espanhola no século XVI, o carmim foi introduzido na Europa e rapidamente se tornou uma das mercadorias mais valiosas do Novo Mundo, com seu valor de exportação sendo superado apenas pelo ouro e pela prata.11 A Espanha deteve o monopólio de sua produção por quase 300 anos, guardando a sete chaves a origem do pigmento.
A indústria do carmim entrou em profundo declínio no século XIX, com a invenção e popularização de corantes sintéticos, como a alizarina, que eram mais baratos e fáceis de produzir em escala industrial.4 No entanto, o corante experimentou um notável ressurgimento no final do século XX. Esse renascimento foi impulsionado por uma mudança na percepção do consumidor: o aumento da preocupação com a segurança de aditivos sintéticos e uma crescente demanda por produtos com ingredientes rotulados como "naturais".4 Essa trajetória revela um ciclo fascinante onde a demanda do consumidor por "naturalidade" acabou por reavivar, paradoxalmente, uma indústria baseada na exploração animal em larga escala.
Criação Comercial Moderna
Hoje, a produção de cochonilha, ou "cochonilicultura", é uma agroindústria estabelecida. O Peru se destaca como o maior produtor mundial, respondendo por 85% a 95% da oferta global, seguido pelas Ilhas Canárias (Espanha), Chile e México.4 O cultivo ocorre em grandes plantações de cactos Opuntia, conhecidas como "nopaleras", que são deliberadamente "infestadas" com as fêmeas do inseto. Elas são criadas até atingirem o ponto ótimo de concentração de ácido carmínico e, então, colhidas manualmente para o processamento.12
Seção 3: Da Planta ao Pó: O Processo Industrial de Produção do Corante Carmim
A transformação do inseto cochonilha no pó vermelho estável que chega às indústrias de alimentos, cosméticos e têxteis é um processo meticuloso, que envolve múltiplas etapas e, fundamentalmente, o abate de bilhões de animais anualmente.22
- Cultivo e Colheita: O processo inicia-se com a criação dos insetos nos cactos. No momento ideal, geralmente antes da desova, quando a concentração do pigmento é máxima, os insetos são colhidos. Este trabalho é tipicamente manual, com os trabalhadores raspando as colônias de cochonilhas das palmas dos cactos.21
Secagem (Abate): Após a colheita, os insetos vivos são mortos. O método mais comum é a secagem, que pode ser feita por exposição direta ao sol, em estufas ou por imersão em água quente.4 Esta etapa é crucial não apenas para o abate, mas também para inativar enzimas e preservar a integridade do ácido carmínico.
- Trituração: Uma vez secos, os corpos das fêmeas são submetidos a um processo de moagem, que os transforma em um pó fino de cor vermelho-escura.4
- Extração do Ácido Carmínico: O pó de cochonilha é então tratado para isolar o princípio colorante. Isso é feito através de um processo de extração que utiliza soluções aquosas ou solventes, como etanol ou amônia, que dissolvem e separam o ácido carmínico da matéria orgânica do inseto.11
- Purificação e Formação da Laca: O extrato bruto de ácido carmínico passa por etapas de filtração e purificação. O passo final e tecnologicamente mais importante é a quelação: o ácido carmínico purificado é combinado com sais de alumínio ou cálcio. Essa reação química precipita o pigmento na forma de uma "laca", um complexo metálico insolúvel e muito mais estável que o ácido carmínico puro.19 É esta laca de carmim que é vendida como aditivo alimentar (INS 120 / E120).22
O impacto desta indústria sobre a vida animal é colossal. Estima-se que são necessários entre 70.000 e 155.000 insetos para produzir apenas um quilo de corante carmim.10 Extrapolando para a produção global, calcula-se que entre 22 e 98 bilhões de cochonilhas fêmeas são abatidas a cada ano para atender à demanda da indústria.4
Este processo demonstra que a preferência da indústria pelo carmim não se deve apenas ao fato de ser "natural", mas sim por ser tecnologicamente superior em sua forma processada. A laca de carmim oferece uma performance (estabilidade ao calor, luz e pH) que muitas alternativas vegetais lutam para igualar, o que representa o principal desafio para sua substituição completa no mercado.
Seção 4: Onipresente e Oculto: Como Identificar o Carmim em Rótulos e Produtos
Para o consumidor vegano, a tarefa de evitar o carmim é dificultada por sua onipresença na indústria alimentícia e pela variedade de nomes e códigos utilizados nos rótulos.4 Estar munido de informação é a principal ferramenta para um consumo consciente.
Nomenclatura e Códigos de Identificação
A multiplicidade de denominações pode ser uma barreira significativa. A tabela abaixo consolida os principais nomes e códigos que podem aparecer em uma lista de ingredientes, servindo como uma ferramenta de consulta rápida.
Tabela 1: Nomenclatura e Códigos de Identificação do Corante Carmim
Nome/Código |
Origem/Contexto |
Carmins |
Nomenclatura oficial atual da ANVISA (IN 211/2023).24 |
INS 120 |
Código do Sistema Internacional de Numeração, usado no Brasil e Mercosul.23 |
E120 |
Código de aditivo alimentar utilizado na União Europeia.14 |
C.I. 75470 |
Código do Colour Index, um sistema internacional de classificação de pigmentos.4 |
Carmim |
Nome comum e anteriormente utilizado na legislação brasileira.14 |
Cochonilha |
Refere-se diretamente ao inseto, mas pode aparecer no rótulo.14 |
Ácido Carmínico |
Refere-se à molécula do pigmento, também pode ser listado.14 |
Corante Natural Vermelho 4 |
Nome alternativo, especialmente em mercados internacionais.34 |
Vermelho 3 |
Outro nome alternativo que pode ser encontrado.10 |
Carmine, Cochineal |
Termos em inglês que podem aparecer em produtos importados.14 |
Produtos e Categorias de Alimentos que Utilizam Carmim
O carmim é valorizado por sua cor vermelha vibrante e estável, sendo aplicado em uma gama extremamente vasta de produtos, muito além do senso comum de iogurtes e doces de morango.6 A ANVISA autoriza seu uso em mais de 68 categorias de alimentos.31 A tabela a seguir lista algumas das principais categorias e exemplos específicos para ilustrar onde a vigilância do consumidor deve ser redobrada.
Tabela 2: Principais Categorias de Alimentos com Uso Autorizado de Carmim (INS 120) e Exemplos
|
Exemplos Específicos de Produtos |
Bebidas Lácteas e Iogurtes |
Iogurtes de morango e frutas vermelhas, petit suisse, bebidas lácteas saborizadas.6 |
Produtos Cárneos Processados |
Salsichas, linguiças, presuntos, salames, mortadela e outros embutidos.6 |
Balas, Confeitos e Gomas |
Balas de goma, balas de gelatina, gomas de mascar, confeitos coloridos (ex: Mentos).6 |
Sobremesas e Gelados |
Sorvetes, picolés, gelatinas, pudins, sobremesas prontas.6 |
Panificação e Biscoitos |
Biscoitos recheados (sabor morango), bolos industrializados, coberturas e recheios.6 |
Molhos e Condimentos |
Molhos diversos, mostardas, condimentos preparados, ketchups.31 |
Bebidas |
Sucos, néctares, refrigerantes, bebidas energéticas, bebidas alcoólicas (ex: licores, coolers, cervejas).6 |
Queijos e Derivados |
Queijos processados, requeijão.31 |
Conservas e Geleias |
Geleias de frutas (morango, framboesa), conservas vegetais.6 |
Suplementos Alimentares |
Suplementos líquidos, em pó ou em cápsulas que necessitam de coloração.31 |
Esta lista demonstra a onipresença do aditivo, reforçando a necessidade de uma verificação de rótulo quase universal por parte dos consumidores que desejam evitá-lo.
Seção 5: Perspectiva Regulatória e de Segurança: O que Dizem a ANVISA, a EFSA e a FDA?
Globalmente, o corante carmim é considerado seguro para consumo e seu uso é permitido pelas principais agências reguladoras do mundo, desde que dentro dos limites estabelecidos e com a rotulagem adequada.20 No entanto, a base para essa regulamentação foca na segurança toxicológica e alergênica, e não em considerações de origem ética.
Regulamentação no Brasil (ANVISA)
No Brasil, a ANVISA regulamenta o uso de aditivos alimentares. O corante carmim é identificado pelo código INS 120 e sua nomenclatura oficial na lista de aditivos autorizados (IN nº 211/2023) é "Carmins".24 A legislação brasileira define as categorias de alimentos nas quais o INS 120 pode ser utilizado e estabelece os limites máximos de concentração permitidos para cada uma.23
Regulamentação na União Europeia (EFSA)
Na União Europeia, o aditivo é conhecido pelo código E120.32 A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reavaliou a segurança do E120 em 2015. A agência manteve a Ingestão Diária Aceitável (IDA), mas fez duas recomendações importantes: que o processo de fabricação incluísse etapas de purificação para remover resíduos de proteínas do inseto, que são a causa das reações alérgicas, e que a nomenclatura oficial fosse alterada para "E 120 extrato de cochonilha, ácido carmínico e carmins" para descrever com mais precisão o produto comercializado.47
Regulamentação nos EUA (FDA)
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) também permite o uso do corante. Uma mudança regulatória crucial ocorreu em 2009, quando a FDA passou a exigir que os rótulos de alimentos e cosméticos declarassem explicitamente os nomes "carmim" ou "extrato de cochonilha". A regra, que entrou em vigor em 2011, eliminou a possibilidade de ocultar o ingrediente sob termos genéricos como "corante natural" ou "corante adicionado".44 Essa decisão foi uma resposta direta a relatos de reações alérgicas graves, incluindo choque anafilático, em consumidores sensíveis.49
A Questão da Segurança e Alergias
Do ponto de vista toxicológico, o ácido carmínico é considerado seguro. Estudos não indicam que a substância seja genotóxica (não causa danos ao DNA) ou carcinogênica.16 A IDA foi estabelecida pela EFSA em 2,5 mg de ácido carmínico por quilo de peso corporal por dia.47
O principal risco à saúde associado ao carmim não é sua toxicidade, mas sim seu potencial alergênico. As reações de hipersensibilidade são a maior preocupação e podem se manifestar de formas variadas, como urticária (placas vermelhas na pele), asma ocupacional (em trabalhadores que manuseiam o pó), angioedema (inchaço) e, em casos raros mas graves, choque anafilático.4
A causa dessas alergias não é o ácido carmínico em si, mas sim as proteínas residuais do inseto Dactylopius coccus que permanecem no corante final, mesmo após o complexo processo de purificação.51 Pesquisadores já identificaram algumas dessas proteínas alergênicas, como a CC38K.52
É fundamental notar que a lógica regulatória global está focada na segurança do consumidor em geral, com ênfase especial na proteção de indivíduos alérgicos. A FDA, por exemplo, ao determinar a nova regra de rotulagem, negou explicitamente os pedidos de grupos de consumidores para que fosse exigida a declaração "derivado de insetos", argumentando que essa informação não era "material" do ponto de vista da segurança alimentar, mas sim uma questão de preferência pessoal.48 Isso cria uma desconexão clara entre a preocupação do regulador (saúde e alergias) e a do consumidor vegano (ética animal), reforçando que a comunidade vegana não pode depender apenas da regulamentação para garantir escolhas alinhadas aos seus princípios, necessitando de autoinformação e vigilância constante.
Seção 6: Alternativas Veganas: Um Guia Completo de Corantes Vermelhos de Origem Vegetal
A crescente conscientização sobre a origem do carmim, aliada ao aumento da população vegana e à demanda geral por rótulos limpos (clean label), tem impulsionado a indústria a buscar e desenvolver alternativas de corantes vermelhos que sejam 100% de origem vegetal.10 Felizmente, a natureza oferece uma paleta rica de pigmentos que podem substituir o carmim em muitas aplicações.
Análise Detalhada das Alternativas 100% Vegetais
Vermelho de Beterraba (Betanina, INS 162): Extraído da raiz da beterraba (Beta vulgaris), este corante produz tons que vão do rosa vibrante ao vermelho-violeta.55 É amplamente utilizado em produtos como iogurtes, sorvetes e bebidas.59 Sua principal desvantagem é a sensibilidade ao calor, que pode degradar a cor para um tom acastanhado, tornando-o inadequado para produtos que passam por cozimento intenso.55
Urucum (Bixina/Norbixina, INS 160b): Um dos corantes naturais mais importantes no Brasil, o urucum é extraído das sementes do urucuzeiro (Bixa orellana).61 Ele fornece uma gama de cores do amarelo-alaranjado ao vermelho-acastanhado e é muito estável, sendo ideal para produtos como queijos, manteigas, margarinas, embutidos e salgadinhos.3
Antocianinas (INS 163): Este é um grupo de pigmentos hidrossolúveis encontrados em uma vasta gama de frutas, flores e vegetais, como repolho roxo, uvas, açaí, morango, amora e batata-roxa.57 As antocianinas são conhecidas por sua cor que varia drasticamente com o pH do meio: vermelha em condições ácidas e azul ou roxa em condições alcalinas.66 Essa propriedade as torna versáteis, mas também um desafio técnico. São muito usadas em bebidas, geleias e doces. Além da cor, oferecem benefícios à saúde por sua forte atividade antioxidante.66
Licopeno (INS 160d): Este potente carotenoide é o pigmento que dá a cor vermelha intensa a alimentos como tomate, melancia e goiaba.69 Como corante, é usado em molhos, sopas e bebidas.72 Além de sua cor estável, é valorizado por seus benefícios à saúde, especialmente sua capacidade antioxidante.69
Análise Comparativa de Corantes Vermelhos
A substituição do carmim não é uma tarefa simples para a indústria, pois não se trata apenas de encontrar a cor certa, mas também de garantir que ela se mantenha estável durante o processamento e a vida de prateleira do produto. A tabela abaixo compara o carmim com suas principais alternativas veganas em parâmetros técnicos chave, ilustrando os desafios e as oportunidades na formulação de produtos veganos.
Tabela 3: Análise Comparativa de Corantes Vermelhos: Carmim vs. Alternativas Veganas
Corante |
Origem |
|
|
|
|
Influência do pH |
Aplicações Típicas |
Carmim (INS 120) |
Inseto (D. coccus) |
Não |
Vermelho intenso a púrpura |
Excelente 15 |
Excelente 22 |
Estável (pH > 3.5) 23 |
Lácteos, embutidos, doces, bebidas. |
Vermelho de Beterraba (INS 162) |
Raiz de Beterraba |
Sim |
Rosa a vermelho-violeta |
Baixa a Moderada 55 |
Moderada |
Estável (pH 4-7) 56 |
Lácteos, sobremesas frias, bebidas. |
Urucum (INS 160b) |
Semente de Urucum |
Sim |
Amarelo-avermelhado |
Boa 61 |
Boa |
Estável |
Queijos, margarinas, embutidos. |
Antocianinas (INS 163) |
Frutas e Vegetais |
Sim |
Vermelho a azul |
Moderada |
Baixa a Moderada 56 |
Altamente dependente 66 |
Bebidas, geleias, doces. |
Licopeno (INS 160d) |
Tomate, Melancia |
Sim |
Vermelho |
Boa |
Boa |
Estável |
Molhos, sopas, bebidas. |
Esta análise comparativa deixa claro que não existe uma única alternativa vegana que seja um substituto universal para o carmim. A escolha do corante vegetal ideal dependerá das características específicas de cada produto, como seu pH, o tipo de processamento térmico a que será submetido e a vida útil esperada.
Conclusão: Consumo Consciente e Escolhas Éticas
A análise detalhada apresentada neste relatório estabelece, de forma inequívoca, que o corante carmim, independentemente da nomenclatura utilizada no rótulo — seja INS 120, E120, Carmins, Cochonilha ou Ácido Carmínico —, é um produto de origem estritamente animal. Sua produção depende do cultivo e abate em massa de bilhões de insetos Dactylopius coccus a cada ano. Para a comunidade vegana, e para qualquer consumidor que deseje evitar produtos derivados da exploração animal, a conclusão é clara: o carmim não é um ingrediente aceitável.
A ferramenta mais poderosa à disposição do consumidor é a informação. A leitura atenta e crítica das listas de ingredientes é fundamental para identificar e evitar o consumo inadvertido deste e de outros aditivos de origem animal. A complexidade da rotulagem e a onipresença do carmim em uma vasta gama de produtos, de iogurtes a cervejas, exigem uma vigilância constante.
Contudo, o cenário é de otimismo. A crescente conscientização dos consumidores e a pressão de um mercado cada vez mais alinhado a valores éticos e de sustentabilidade estão acelerando a pesquisa e a adoção de alternativas vegetais pela indústria alimentícia.10 A decisão individual de cada consumidor, quando somada em escala, tem o poder de impulsionar a mudança, moldando um futuro onde a cor vermelha nos alimentos possa ser vibrante, estável e, acima de tudo, completamente livre de crueldade.
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Referências citadas
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- Corantes naturais e artificiais: qual é a melhor opção? - GEPEA, acessado em julho 1, 2025, https://gepea.com.br/corantes-naturais-e-artificais/
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- Corante cochonilha: por que não é apto para veganos?, acessado em julho 1, 2025, https://veganbusiness.com.br/corante-cochonilha-por-que-nao-e-apto-para-veganos/
- Corantes: origem animal, vegetal ou artificial? - Diário Atlantikos, acessado em julho 1, 2025, https://blog.atlantikos.com.br/corantes-origem-animal-vegetal-ou-artificial/
- Corantes: Origem Animal, Vegetal ou Sintética? - S.O.S. Vegan, acessado em julho 1, 2025, http://sosvivegan.blogspot.com/2013/11/corantes-origem-animal-vegetal-ou-sintetica-vegan.html
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- Conheça o CORANTE NATURAL CARMIM e saiba do que ele é feito - YouTube, acessado em julho 1, 2025, https://www.youtube.com/watch?v=6FL_7TmLEIg
- Carmim de cochonilha: a história do pigmento feito de insetos moídos - Superinteressante, acessado em julho 1, 2025, https://super.abril.com.br/historia/carmim-de-cochonilha-a-historia-do-pigmento-feito-de-insetos-moidos/
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