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O que é especismo antropocêntrico e quais são suas falhas?

O especismo antropocêntrico é uma forma de discriminação que atribui maior valor moral aos seres humanos em detrimento de outras espécies, justificando o uso e a exploração de animais não humanos para diversas finalidades, enquanto consideraria as mesmas ações "monstruosas" se as vítimas fossem humanas. As tentativas de justificá-lo frequentemente apelam a características como o pertencimento à espécie humana, capacidades cognitivas complexas (razão, linguagem, autonomia), relações sociais ou até mesmo alegações metafísicas. No entanto, o "argumento da relevância" contesta essas justificativas, afirmando que nenhum desses critérios é relevante para determinar quem merece consideração moral, pois o que realmente importa é a capacidade de ser prejudicado ou beneficiado (senciência).

Fonte:  colecao-uma-jornada-pela-etica-animal-livro-2-considerando-os-seres-sencientes.pdf
Este texto, parte da "Coleção Uma Jornada pela Ética Animal", Volume II: "Considerando os Seres Sencientes", de Luciano Carlos Cunha, aprofunda a fundamentação da ética animal centrada na senciência. O autor explora por que a senciência—a capacidade de ter experiências, positivas e negativas—é o critério moral relevante, em contraste com características como espécie ou cognição. A obra detalha como identificar a senciência por meio de indicadores fisiológicos, comportamentais e evolutivos, e defende o princípio da igual consideração para todos os seres sencientes, rejeitando o especismo como uma forma de discriminação. Adicionalmente, o livro aborda a aplicação do teste da imparcialidade para reavaliar a exploração animal, a importância da causa animal e a necessidade de dar o benefício da dúvida à senciência em contextos de incerteza, reforçando a urgência de transformar nossa relação com os animais.
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