O que é veganismo e qual é sua relevância para a ética animal?
Veganismo é um modo de vida que busca, na medida do possível e praticável, evitar todas as formas de exploração e crueldade contra os animais não humanos. Não se limita à alimentação, mas abrange todas as esferas da vida, incluindo vestuário, entretenimento, testes de produtos e uso como ferramentas.
A relevância do veganismo para a ética animal reside em sua rejeição à ideia de que animais são recursos para os humanos. Ao se abster de produtos e serviços de origem animal, os veganos rompem com a demanda que impulsiona a exploração. Este compromisso não se baseia apenas em preocupações com a saúde humana ou o meio ambiente (embora o veganismo traga benefícios nessas áreas), mas primordialmente no respeito intrínseco aos animais como seres sencientes, capazes de ter experiências positivas e negativas.
O veganismo, portanto, é uma forma de combater o especismo — a discriminação baseada na espécie. Ao praticá-lo e explicar suas razões éticas, os veganos expõem a injustiça da exploração animal, mostrando que as atitudes aceitas em relação aos animais seriam consideradas monstruosas se aplicadas a humanos. É uma postura que visa a abolição da exploração animal, promovendo a igual consideração por todos os seres sencientes.

Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 4
Este livro, "O Debate Sobre a Exploração Animal" de Luciano Carlos Cunha, Volume IV da coleção "Uma Jornada pela Ética Animal: Do Básico ao Avançado", oferece uma análise aprofundada da exploração animal por humanos. A obra detalha as condições de vida e morte de animais explorados para consumo, como galinhas, porcos, vacas e uma vasta gama de animais aquáticos e insetos, submetidos a sofrimento intenso e mutilações sem anestesia. Além de descrever a realidade da exploração, o autor examina criticamente os argumentos que buscam justificar essas práticas, desafiando noções como a superioridade humana, a cadeia alimentar, o instinto, a superpopulação e a ideia de que o consumo animal seria necessário para a continuidade de certas espécies, enquanto defende a senciência de todos os animais como a base para sua consideração moral.
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