O veganismo causa um impacto prático significativo na vida dos animais?

Sim, o veganismo tem um impacto prático muito significativo e direto na redução do sofrimento e da morte de animais. Embora no mundo atual seja quase impossível eliminar completamente toda a contribuição indireta para a exploração animal (por exemplo, mortes acidentais na agricultura de vegetais), o objetivo do veganismo é evitar prejudicar o maior número possível de animais.

Para avaliar o impacto, é necessário considerar como o mundo seria se uma pessoa vegana não o fosse. Se uma pessoa adotar o veganismo ao longo de uma vida de 75 anos, ela evita que, em média, pelo menos 18.000 vertebrados nasçam para serem explorados e mortos. Se incluirmos os invertebrados, que são explorados em quantidades muito maiores, esse número sobe para algo entre 318.000 e 506.000 animais.

A impressão de que o veganismo não tem impacto prático, muitas vezes decorrente do aumento geral da exploração animal apesar do crescimento do movimento vegano, é equivocada. Esse aumento seria ainda maior sem a adesão crescente ao veganismo. Cada indivíduo vegano contribui diretamente para a redução da demanda por produtos de origem animal, o que, por sua vez, leva à diminuição do número de animais criados para exploração.

Além do impacto direto, o veganismo também tem um impacto indireto positivo crucial. Ao promover o ideal de consideração por todos os seres sencientes, ele inspira uma mudança de visão de mundo que pode levar a um maior engajamento em minimizar o sofrimento animal em todas as suas formas, incluindo o sofrimento de animais selvagens e o desenvolvimento de alternativas livres de exploração.

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Fonte:  COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 4
Este livro, "O Debate Sobre a Exploração Animal" de Luciano Carlos Cunha, Volume IV da coleção "Uma Jornada pela Ética Animal: Do Básico ao Avançado", oferece uma análise aprofundada da exploração animal por humanos. A obra detalha as condições de vida e morte de animais explorados para consumo, como galinhas, porcos, vacas e uma vasta gama de animais aquáticos e insetos, submetidos a sofrimento intenso e mutilações sem anestesia. Além de descrever a realidade da exploração, o autor examina criticamente os argumentos que buscam justificar essas práticas, desafiando noções como a superioridade humana, a cadeia alimentar, o instinto, a superpopulação e a ideia de que o consumo animal seria necessário para a continuidade de certas espécies, enquanto defende a senciência de todos os animais como a base para sua consideração moral.