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Quais argumentos são usados para justificar o especismo e por que são considerados falhos?

Várias tentativas são feitas para justificar o tratamento desigual dado aos animais. As justificativas mais comuns incluem:
• O simples pertencimento à espécie humana.
• Alegações metafísicas, como possuir uma alma imortal ou ter sido criado à imagem de uma divindade.
• A posse de capacidades cognitivas superiores, como razão, linguagem, agência moral ou a capacidade de fazer acordos.
• A existência de relações sociais, afetivas ou políticas complexas.
• O fato de a exploração animal ser "natural" ou "tradicional".
Esses argumentos são considerados falhos quando analisados pelo "argumento da relevância". Este argumento afirma que um critério só é válido se for relevante para a questão em análise. No caso da consideração moral, a questão central é: quem é passível de ser prejudicado ou beneficiado?
Nenhuma das características listadas acima (espécie, capacidades cognitivas, tradição) determina se um indivíduo pode sofrer ou desfrutar. Um ser não precisa raciocinar ou falar para sentir dor. Portanto, esses critérios são irrelevantes para a questão de quem merece consideração moral, tornando o especismo uma discriminação injustificada.




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Fonte:  COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 6

Este livro, parte da "Coleção Uma Jornada pela Ética Animal: Do Básico ao Avançado", dedica-se ao critério da senciência como fundamento para a consideração moral. O autor, Luciano Carlos Cunha, argumenta que a capacidade de ter experiências positivas e negativas (senciência) é o que realmente importa para decidir a quem devemos consideração moral, contrastando com visões antropocêntricas ou biocêntricas. A obra desmistifica a ideia de que a senciência é antropocêntrica e explora diversas objeções a este critério, como a alegação de que ele não aborda danos sem sofrimento ou exclui insetos, defendendo que tais críticas são equivocadas. Em última análise, o texto propõe que a senciência é a base mais coerente para uma ética animal que busca minimizar o sofrimento e maximizar o bem-estar dos indivíduos.
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