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É errado intervir na predação entre animais selvagens?

Resposta: A visão de que a predação é um processo natural intocável precisa ser desconstruída. O argumento de que não devemos intervir porque os predadores não têm "culpa" é falho; o foco ético deve ser o sofrimento extremo da presa. A aceitação da intervenção quando humanos são as presas revela um claro especismo. Adicionalmente, intervenções em larga escala na predação já são amplamente praticadas quando o objetivo é proteger humanos, animais de criação ou mesmo para atingir metas ambientalistas, como preservar espécies raras. Isso demonstra que a objeção à intervenção é seletiva e não se baseia num princípio absoluto, mas sim no objetivo da intervenção. A "necessidade de sobrevivência" do predador, embora real, deve nos motivar a buscar alternativas (como alimentos modificados ou reprogramação genética futura), em vez de justificar a inação. Uma abordagem promissora pode ser a redução da produtividade primária (vegetação), que diminuiria a população total de presas e, consequentemente, de predadores, reduzindo o ciclo de violência.


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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 7

Este extenso livro explora as profundas implicações éticas do sofrimento dos animais selvagens, propondo e debatendo ativamente a ideia de que os humanos têm o dever de intervir para ajudá-los. A obra questiona a crença tradicional de "deixar a natureza seguir seu curso," argumentando que essa postura é inconsistente e especista, especialmente ao considerar a estratégia reprodutiva predominante na natureza, onde a vasta maioria dos animais nasce apenas para sofrer intensamente e ter uma morte prematura. O texto detalha intervenções possíveis, como esterilização e vacinação, e aborda objeções comuns, como a predação, a complexidade da intervenção e a preocupação com o "equilíbrio ecológico," concluindo que a consideração moral pelos sencientes exige que se priorize a redução do sofrimento individual, refutando as premissas do ambientalismo que valorizam entidades não sencientes. A obra também sugere que a melhor forma de minimizar danos em larga escala é evitar a expansão de áreas naturais que maximizam a produção de vidas de sofrimento.
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