Quais são alguns exemplos de possíveis cenários de sofrimento em massa no futuro?

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Resposta: Embora seja difícil prever o futuro, especialistas identificam alguns cenários preocupantes que poderiam se tornar riscos-s. Aqui estão três exemplos concretos:

1. Aumento da exploração animal: O sofrimento causado pela exploração animal poderia ser massivamente amplificado de três maneiras: expandindo a escala para afetar um número ainda maior de seres, piorando qualitativamente o sofrimento de cada indivíduo, ou criando novas formas de exploração, como a exploração de insetos em fazendas, que, devido ao seu tamanho minúsculo, exigiria um número colossal de indivíduos para produzir a mesma quantidade de alimento.
   
   
2. Expansão do sofrimento dos animais selvagens: Atualmente, os processos naturais já causam um sofrimento imenso na natureza. Esse sofrimento poderia ser expandido em escala astronômica através da propagação da vida terrestre para outros planetas, seja por panspermia (acidental ou intencional) ou terraformação. Ao espalhar a vida, estaríamos também espalhando os processos da seleção natural que maximizam o nascimento de seres para vidas de sofrimento e morte prematura.
   
   
3. Criação de novas formas de senciência: O desenvolvimento de seres sencientes não biológicos (digitais) representa um risco colossal. É altamente provável que esses seres, se criados, não recebam consideração moral por não serem orgânicos (um preconceito chamado substratismo) e possam ser explorados ou maltratados em escalas inimagináveis, especialmente porque criá-los e copiá-los poderia ter um custo muito baixo.

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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 9

Este livro aprofunda o debate sobre a ética animal e o futuro a longo prazo, focando especificamente nos "riscos-s", que são a possibilidade de um sofrimento de magnitude colossal para os seres sencientes no futuro. A obra explora como identificar, classificar e, crucialmente, prevenir esses riscos, que podem surgir de novas tecnologias, ações intencionais, indiferença ou processos naturais. Central para a argumentação é a defesa da imparcialidade temporal, que sugere que o sofrimento futuro merece a mesma consideração moral que o presente, e a importância de promover a consideração moral por todos os seres sencientes para mitigar tais perigos. O texto também analisa estratégias, como moldar a inteligência artificial e a exploração espacial, para garantir que o poder e o conhecimento sejam usados para evitar, e não exacerbar, o sofrimento futuro.

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