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Devemos nos preocupar menos com seres que ainda não existem?

Resposta: Uma objeção comum à preocupação com o futuro é que os seres futuros são apenas "potenciais" e, portanto, não merecem a mesma consideração que os seres que já existem. No entanto, esse argumento é falho por várias razões.

Primeiro, embora os seres futuros ainda não existam, nossas decisões hoje determinam se eles existirão e como serão suas vidas. Temos o dever de não criar novos seres sencientes para viverem vidas repletas de sofrimento.

Segundo, grande parte do ativismo pelos animais já se concentra, na prática, em seres futuros. Por exemplo:

  • O veganismo tem como objetivo principal evitar o nascimento de novos animais destinados à exploração, não apenas ajudar os que já existem.

  • A esterilização de animais abandonados visa prevenir o nascimento de futuras gerações que sofreriam nas ruas.

Essas ações mostram que a luta pelos animais já é, em grande medida, uma luta pelos interesses de possíveis seres futuros. Portanto, a preocupação com quem ainda não nasceu não é uma ideia radical, mas sim um princípio já aplicado em muitas áreas do ativismo ético.


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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 9

Este livro aprofunda o debate sobre a ética animal e o futuro a longo prazo, focando especificamente nos "riscos-s", que são a possibilidade de um sofrimento de magnitude colossal para os seres sencientes no futuro. A obra explora como identificar, classificar e, crucialmente, prevenir esses riscos, que podem surgir de novas tecnologias, ações intencionais, indiferença ou processos naturais. Central para a argumentação é a defesa da imparcialidade temporal, que sugere que o sofrimento futuro merece a mesma consideração moral que o presente, e a importância de promover a consideração moral por todos os seres sencientes para mitigar tais perigos. O texto também analisa estratégias, como moldar a inteligência artificial e a exploração espacial, para garantir que o poder e o conhecimento sejam usados para evitar, e não exacerbar, o sofrimento futuro.
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