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É mais importante prevenir o sofrimento (riscos-s) ou a extinção humana (riscos-x)?

Resposta: Embora ambos sejam extremamente importantes, existem fortes argumentos para focar mais na prevenção dos riscos de sofrimento (riscos-s) do que na extinção humana (riscos-x).

Primeiro, deve-se rejeitar a justificativa especista de que os humanos simplesmente importam mais. De um ponto de vista imparcial, o sofrimento é ruim independentemente da espécie da vítima.

Alguns argumentam que a sobrevivência da humanidade é essencial para prevenir sofrimento no universo. No entanto, essa visão é uma aposta arriscada. A humanidade tem o potencial de causar muito mais sofrimento do que existiria naturalmente, tornando sua sobrevivência um risco em si. A continuação da humanidade não é um bem automático; pode levar ao melhor dos cenários (prevenção de sofrimento em escala cósmica) ou ao pior de todos (causa ativa de sofrimento em escala cósmica).

As principais razões para priorizar a prevenção de riscos-s são:

  • Severidade: Os riscos-s têm o potencial de gerar um impacto negativo astronomicamente maior, envolvendo sofrimento extremo para um número colossal de seres.

  • Impacto esperado: A probabilidade de ocorrência dos riscos-s não é menor que a dos riscos-x, e seu impacto negativo seria muito maior, resultando em um desvalor esperado superior.

  • Tratabilidade: Existem ações concretas que podemos tomar para minimizar os riscos-s.

  • Grau de negligência: Um número muito maior de pessoas e organizações já se dedica a prevenir os riscos-x, enquanto a prevenção dos riscos-s é uma causa extremamente negligenciada.


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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 9

Este livro aprofunda o debate sobre a ética animal e o futuro a longo prazo, focando especificamente nos "riscos-s", que são a possibilidade de um sofrimento de magnitude colossal para os seres sencientes no futuro. A obra explora como identificar, classificar e, crucialmente, prevenir esses riscos, que podem surgir de novas tecnologias, ações intencionais, indiferença ou processos naturais. Central para a argumentação é a defesa da imparcialidade temporal, que sugere que o sofrimento futuro merece a mesma consideração moral que o presente, e a importância de promover a consideração moral por todos os seres sencientes para mitigar tais perigos. O texto também analisa estratégias, como moldar a inteligência artificial e a exploração espacial, para garantir que o poder e o conhecimento sejam usados para evitar, e não exacerbar, o sofrimento futuro.
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