A revolução
da evolução
Publicado em 21/01/2007
São diversas as teorias sobre a evolução
do homem. Muitas nos mostram ótimos argumentos,
outras nos fornecem ainda mais dúvidas. Porém,
há muito podemos afirmar que nossa espécie
já tem grande quantidade de anos e está em
estado de evolução durante todo o tempo.
Em inúmeros sentidos, nos fornece ótimos
resultados – melhor qualidade de vida, conforto,
cura a muito mais doenças, entre tantas outras coisas.
Porém, a busca incessante por tudo isso e a ganância
por mais nos guiou a um caminho cujo fim pode estar próximo
e, pessimismo à parte, não será nada
agradável esperar por ele. Estou falando do aquecimento
global.
Sabemos que nossas ações
cotidianas não são, como pensávamos
antes, inofensivas. Transformamos-nos em seres extrativistas
sem limites, fazendo do planeta Terra o que quisemos.
O ser humano é o único
animal que consegue acabar com todas as espécies,
além da sua. Estamos eliminando espécies
animais como se tivessem sido criadas para servir-nos.
Segundo um estudo científico de pesquisadores
canadenses e americanos, divulgado pelo prestigiado jornal
Sciense, se nada for feito imediatamente, em 50 anos
não existirá mais peixes nos mares. O mais
triste é que as matérias que trataram desse
assunto mostraram muito mais donos de restaurantes e
admiradores gastronômicos preocupados com o fim
de parte de seu cardápio. Ou seja, a possível
extinção dos peixes só representa
a falta de um ingrediente culinário e não
a morte e inexistência de seres vivos mais antigos
que a nossa própria espécie. Este foi só um
exemplo, já que muitos animais são tidos
como produto, rotulados como inferiores aos seres humanos.
Em conseqüência
desta nossa percepção de vida e sua banalização,
chamo atenção para o pior problema ambiental
vivido. Não é de hoje que somos alarmados
quanto à seriedade dos problemas decorrentes do
aquecimento global. Porém, só agora passamos
a sentir seus efeitos e a destinar mais crédito
a seu potencial. E quantos de nós estamos preocupados
o suficiente para repercutir em ações significativas?
É urgente e não é ficção.
Segundo o cientista inglês James Lovelock, se nada
mudar agora, em 30 anos 80% dos seres humanos pode desaparecer
e teremos pouquíssimos lugares habitáveis
no planeta. O Brasil será inabitável, extremamente
quente e seco.
Devemos mudar nossos
hábitos de consumo agora. Economizar recursos
naturais. Usar água de chuva para descarga, limpeza
de quintal e calçada, por exemplo. Devemos economizar
energia – buscar aplicação de energia
solar em casa, desligar sempre as lâmpadas e aparelhos
eletrônicos quando não utilizados. Economizar
combustível – usar menos carro, pois libera
gás que prejudica o efeito estufa e buscar informações
sobre biocombustível. Principalmente, e com muito
rigor, devemos cobrar mais de nossos governantes, os
quais buscam crescimento econômico sem pensar com
cautela o quanto indústrias poluem e acabam com
terras. Nossas florestas estão desaparecendo para
darem lugar aos pastos e soja que serve, especialmente,
a rações de gado. Segundo o jornalista
e estudioso ambiental Washington Novaes, 65% das emissões
de gases liberadas pelo Brasil é decorrente das
queimadas, em especial na Amazônia. E grande parte
de um deles, o metano, é liberado pelos rebanhos.
Um relatório da ONU recém publicado, afirma
que os rebanhos poluem mais que os carros.
É necessário
que fiquemos atentos e passemos a pesquisar sempre sobre
como podemos colaborar para reduzirmos nossas emissões
de gases prejudiciais e agravantes.
Devemos usar nossa capacidade
intelectual e racional para vivermos de forma sustentável
e nossa capacidade emocional para deixarmos de nos sentirmos
donos do mundo, mas somente parte dele.
O planeta Terra é sábio
e, acredite, muito mais evoluído. Pode nos eliminar
quando bem entender. Aliás, já mostra
que o vem fazendo em ritmo acelerado. Ele está em
revolução para conter a devastadora evolução
dos seres humanos.
Paula
Schuwenck
e-mail: paula@comunicacaoconsciente.com.br
www.comunicacaoconsciente.com.br
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