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Intervir na natureza não seria impor valores humanos (antropocentrismo) aos animais?

Resposta: Na verdade, a posição verdadeiramente antropocêntrica é a de não intervir. O interesse em evitar o sofrimento extremo, a dor e a morte prematura não é um "valor humano", mas um interesse fundamental e universal a qualquer ser senciente. Impor aos animais o ideal humano de "deixar a natureza seguir seu curso", mesmo que isso lhes cause imensa dor, é que é uma atitude antropocêntrica. Isso porque valoriza uma abstração — uma ideia humana sobre como a natureza "deveria" ser — acima do bem-estar concreto e dos interesses vitais dos próprios animais. A proposta de ajudar visa atender aos interesses que os próprios animais já possuem, não impor novos valores a eles.


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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 7

Este extenso livro explora as profundas implicações éticas do sofrimento dos animais selvagens, propondo e debatendo ativamente a ideia de que os humanos têm o dever de intervir para ajudá-los. A obra questiona a crença tradicional de "deixar a natureza seguir seu curso," argumentando que essa postura é inconsistente e especista, especialmente ao considerar a estratégia reprodutiva predominante na natureza, onde a vasta maioria dos animais nasce apenas para sofrer intensamente e ter uma morte prematura. O texto detalha intervenções possíveis, como esterilização e vacinação, e aborda objeções comuns, como a predação, a complexidade da intervenção e a preocupação com o "equilíbrio ecológico," concluindo que a consideração moral pelos sencientes exige que se priorize a redução do sofrimento individual, refutando as premissas do ambientalismo que valorizam entidades não sencientes. A obra também sugere que a melhor forma de minimizar danos em larga escala é evitar a expansão de áreas naturais que maximizam a produção de vidas de sofrimento.
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