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Suplementos de B12 |
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ALIMENTOS NATURAIS:
Conceituação e Percepções
BUSCANDO RESPOSTAS
A construção de uma definição, para fins legislativos, parece demandar a segmentação dos produtos alimentares. Ou seja, produzir uma definição para sucos naturais, outra para sorvetes naturais, outra para conservas vegetais naturais etc. Ou simplesmente proibir o uso da palavra natural nos rótulos e nas propagandas, o que talvez fosse mais lógico, justo e inteligente, além de, claro, mais prático.
Alimento produzido organicamente, esta é outra definição que terá que ser estabelecida, regulamentada e praticada a curto prazo. Exercer esse controle talvez traga dificuldades operacionais; mas poderia haver uma contrapartida empresarial, a exemplo do que a ABIC vem fazendo com o café. Ou seja, uma associação que fiscalizasse seus membros e a eles concedesse um selo de garantia.
Vale observar que, para a viabilização de linhas ou dietas como vegetarianas, macrobióticas etc. não é preciso a existência, no mercado, de alimentos ditos naturais, uma vez que nenhuma delas exige o consumo dessa categoria de alimento. Ademais, inexiste, salvo engano, uma linha dita naturista de consumo alimentar, fundada no consumo de alimentos industrializados. Portanto, não é por essa via que se poderia identificar e explicar a crescente adoção desse termo natural nos rótulos e anúncios publicitários no Brasil.
O termo natural, como vemos, é de natureza diversa de termos como, por exemplo, kosher, produzido segundo as normas judaicas, para esse tipo de consumidor. E também não é da mesma categoria do termo vegetal, pois se não existe uma bem definida dieta naturista, não há dúvida que pode existir uma dieta estritamente vegetariana, onde não se incluiriam alimentos de origem animal. Note-se, dentre outros exemplos possíveis, o caso dos preparos em pó para produção de gelatinas. Estes tantos podem ser produzidos a partir do colágeno bovino, como a partir de algas. Tanto pode ser uma gelatina de origem vegetal quanto animal. E isso, certamente, deveria estar bem claro na rotulagem.
Luiz Eduardo Carvalho
Prof. da Faculdade de Farmácia da UFRJ
Fonte: http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/ld_lec_alimnaturais.htm
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