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Veganismo e libertação animal

girafa livre

Escola de samba veta couro de animal na bateria e plumas nas fantasias

carnaval1.jpgSÃO PAULO - A escola de samba Imperador do Ipiranga não está no Grupo Especial, a elite do samba paulistano, mas mesmo assim promete causar polêmica. A agremiação, que desfilará no dia 3 de fevereiro, no Grupo de Acesso, vai entrar na avenida com um desfile ecologicamente correto e em defesa dos animais. Com orientação da Tribuna Animal e do Quintal de São Francisco, duas organizações de proteção aos animais, a escola eliminou plumas, penas e até o couro dos animais, presente nos instrumentos da bateria e nos sapatos.

- Cuíca, tamborins e outros instrumentos terão material sintético - contou Jamil Jorge, vice-presidente da escola, que procura alternativa para os surdos, caracterizados pelo som abafado.

As fantasias ganharam plumas artificiais laminadas com detalhes em gliter. Muitas foram pintadas a mão. Costeiros foram feitos com plástico de saco de lixo ou TNT, um tecido todo furadinho. Garrafas pet e até latinhas de cerveja compõem fantasias e carros alegóricos. Outro material muito utilizado é a pelúcia, que parece pele de animal, mas não é.

- Algumas escolas já eliminaram plumas, mas não em todo o desfile, muito menos nos destaques. Fizeram isso só em algumas alas. Além disso, os instrumentos da Império do Ipiranga serão novidade, um marco no Carnaval - declarou Altina Medeiros Madellini, presidente da Tribuna Animal, que auxiliou a escola na confecção das fantasias.

Com o samba-enredo "A salvação do planeta é o bicho", de Anselmo Brito, a escola vai passear por temas ligados à preservação do meio ambiente, dos animais e do planeta. Alas criticarão a máfia de animais silvestres, o circo que abusa de animais, os rios poluídos, as queimas, os rodeios. A arara azul e a onça pintada, ambas em extinção, não foram esquecidas. As baianas representarão a mãe natureza. E os integrantes da bateria estarão caracterizados de caçadores. O carro abre alas será uma arca de Noé, cheia de animais.

- Não sabemos como essa inovação será aceita pelos jurados. As fantasias são menos suntuosas e deram muito mais trabalho - disse Jamil, que não sabe se continuará nessa linha nos próximos anos.

- Precisamos de incentivo financeiro, assim, não posso garantir que no ano que vem vamos manter essa linha. Se pintar um patrocinador e se ele quiser plumas... O importante é que esse ano vamos dar o nosso recado: cuide do planeta!

Diário de S. Paulo
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Vítimas da Ciência - Sacrifício de animais abre debate na Universidade

Beagle.gifPor Elaine Tavares
Jornalista da Agecom/UFSC (Artigo Publicado no Jornal Universitário)

O envelope chegou sem eu saber como. Tinha o meu nome estampado.

Dentro dele, um poema, fotos e uma denúncia: cachorros usados em aulas da medicina  são mortos e viram lixo. As fotos revelavam os bichinhos, dentro de sacos pretos, jogados atrás do HU, junto com o lixo hospitalar. Um deles, com as patas e focinho amarrado, outro com a barriga cortada e suturada, outro, sujo de sangue, com uma expressão quase humana, na rigidez da morte. Junto das fotos a pergunta gritante: " Porque? Seres vivos viram lixo. Como tudo o que consumimos e descartamos. Queria entender como alguém consegue sair de uma aula assim, e almoçar, namorar. Isso me dá medo e me entristece. É como se fosse uma guerra covarde em que de um lado está o homem com suas máscaras, seus equipamentos, sua ciência e do outro seres indefesos, ora presos e vivos, ora mortos e lixo". Impossível ficar impassível diante das fotos. O melhor amigo do homem e sua doçura, seu companheirismo.

O melhor amigo do homem que beija a mão de quem lhe bate e olha para o dono com olhos leais.

Volta a cena uma briga nova: os direitos dos animais. Até onde o homem tem direito de dispor da vida de outro ser, ainda que diferente de si?
Qual é o limite? Só o próprio humano pode estabelecer. Por isso é hora de discutir mais, refletir, encontrar caminhos. Chocada com as fotos fui onde deveria ir. Na sala da disciplina de Técnicas Operatório, aos fundos do HU. Lá, o professor Armando dAcâmpora, responsável pela cadeira, conta que realmente a disciplina depende destes animais para acontecer.  "Como vou treinar um cirurgião sem que ele aprenda a manusear tecidos vivos?", pergunta.  Segundo ele é impossível ensinar
o manejo do bisturi e todas as técnicas cirúrgicas através de realidade virtual ou programas de computador. "Tu entregarias a tua mãe para ser operada por um cirurgião treinado na realidade virtual?", provoca. O professor Armando explica que os alunos passam por várias etapas de treinamento. Primeiro com laranjas, luvas de borracha e só depois de muito treino, começam a trabalhar com animais. "Os erros técnicos não podem ser cometidos nos seres humanos. O treinamento tem que ser assim. Mas tudo é feito dentro de conceitos éticos universais. Nenhum animal passa por qualquer sofrimento. Eles são anestesiados e depois do trabalho são submetidos a eutanásia. Tudo sem sofrimento ou dor".

Durante um semestre são aproximadamente 300 cachorros que passam pelas mãos dos alunos da medicina. São cães de rua da cidade de  Curitiba, comprados especialmente para servirem de cobaias. Destes, 50% permanecem vivos, desde que estejam servindo a alguma experiência. Os demais viram lixo. "Mas eles vão acondicionados em sacos especiais, são lixo hospitalar", argumenta o professor. "Não temos condições de sepultar os animais. Se fosse assim, quando um médico amputa uma perna, também deveria sepultá-la?". Sobre manter vivos os cachorros, Armando diz ser impossível. "Pra teres uma idéia, qualquer pesquisa aqui tem que ser mantida com dinheiro do próprio pesquisador. Não há dinheiro para cuidar destes animais. Para tê-los já gastamos 500 reais por animal. Mantê-los seria inviável".

O estudante Huang Hee Lee, da 11º fase, acredita que as pessoas não devem olhar radicalmente para um lado só. Há que ver os dois lados.
Para ele, o trabalho com os animais é uma maneira de garantir uma ação mais eficaz no trato com o humano. Huang Lee não acha que este tipo de prática torne o médico mais frio diante da vida, ao contrário, "dá mais equilíbrio". Ele defende o uso dos animais porque "não há outro jeito e usá-los como experimentação faz com que a probabilidade de erro num corpo humano seja bem menor".

A professora do Departamento de Ecologia e Zoologia , Paula Brugger, diz que não tem dúvida de que todos os procedimentos éticos são utilizados no trato com os animais dentro da UFSC. Mas para ela, é necessário transcender a esta ética. "O que acontece é que a nossa cultura legitimou separar o homem da natureza, considerando os demais seres vivos como objetos a seu serviço, meros recursos, prontos para o uso. Isso tem que mudar. Se a gente se horrorizar diante destas práticas, as alternativas surgem", argumenta. Ela lembra que existem culturas chamadas de primitivas que vêm os animais como seres
sagrados, tão sagrados como a vida humana. "E eles são os primitivos", ironiza.

A questão talvez seja abrir o debate, mudar a visão de mundo. Encontrar um ser humano integrado à natureza, que entenda que não só é parte da natureza, como é a própria natureza. Um só corpo, vibrando.
Planeta Terra, Universo, uma coisa só. Olhar o mundo assim nos faz ínfimos, insignificantes e, ao mesmo tempo, sagrados, tal qual qualquer outra forma de vida. Que venha um tempo em que a vida não seja mais lixo. Que venha...
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Vira-latas são mais inteligentes que cães com pedigree, indica estudo

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Um estudo realizado na Universidade de Aberdeen e de Napier, na Escócia, sugere que cachorros vira-latas são mais inteligentes do que os cães de raça com pedigree.

A pesquisa aplicou sete testes, inclusive de QI, em 80 cachorros. Os animais foram avaliados pelo desempenho nos testes e recebiam nota de até 30 pontos.

A média entre os os vira-latas foi de 20 pontos, contra 18 dos cães de raça pura. De acordo com os cientistas, os vira-latas apresentam melhor noção de espaço e resolvem problemas com mais facilidade do que os cachorros com pedigree.

O estudo indica ainda que dos dez cachorros que apresentaram melhor desempenho nos testes, sete eram vira-latas.
"Ser um cachorro de raça pura não melhora a inteligência", diz David Smith, que liderou o estudo. "O risco de ter problemas médicos também diminui para os vira-latas", afirma.

Testes

Em um dos testes, os cientistas escondiam um osso embaixo de uma lata para observar se os cães conseguiam identificar que o objeto ainda existia.

Em outro teste, os cachorros tiveram que encontrar a saída de um labirinto.

O cachorro mais inteligente foi uma mistura das raças Collie e Spaniel, que atingiu nota máxima em todos os testes.

O segundo lugar foi ocupado por quatro cães com raças misturadas: uma mistura de Labrador com Spaniel, outra de terrierr Jack Russell com Cocker Spaniel, um Pastor Alemão com Labrador e uma Lhasa Apso com Poodle.

Smith aponta ainda que, na média, os filhotes que tinham a raça Collie na mistura eram mais inteligentes que outros cachorros vira-latas.

Segundo Smith, os resultados demonstram que a polícia deveria treinar cães vira-latas e não confiar apenas nos pastores alemães de raça pura.

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