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Veganismo e libertação animal

girafa livre

Vanguarda Abolicionista leva o ativismo gaúcho ao show de Paul McCartney

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por Marcio de Almeida Bueno, jornalista

Em um domingo de forte calor, a Vanguarda Abolicionista com seus apoiadores, e também ativistas independentes e as siglas Projeto ProAnimal e Ramatis Porto Alegre, passou o dia junto ao estádio Beira-Rio, local do show do ex-beatle Paul McCartney em Porto Alegre. A idéia foi aproveitar a presença do roqueiro vegetariano e ativista pelos direitos animais, e das milhares de pessoas que circulavam pelo entorno do estádio neste 7 de novembro.

paul mccartney

O grupo realizou maciça panfletagem com material preparado especialmente para a ocasião, com os dizeres ‘Escute Paul McCartney – ele tem muito a dizer contra o consumo de carne e sobre direitos animais‘. Não foram poucos os fãs que afirmaram desconhecer a ligação do músico com a causa animal e vegetariana, e como promotor da Segunda Sem Carne.

paul mccartney porto alegre

Outro material produzido para o evento foi um banner em tamanho natural de Paul – autorizado pelo PETA, tratando de sua mudança de vida rumo à defesa dos animais. Dezenas de pessoas posaram ao lado do cartaz para fotografias, e até mesmo uma equipe da RBSTV/Globo gravou reportagem junto ao banner, entrevistando um dos ativistas.

paul mccartney

A ocasião também permitiu a coleta de assinaturas contra a importação de novas girafas para o Zoológico de Sapucaia do Sul, dentro do movimento ‘Lugar de animal é no habitat natural’, do qual a Vanguarda Abolicionista faz parte. Fãs anônimos e famosos, famílias inteiras, gente de vários pontos do Brasil e do Mercosul endossaram o documento em favor das girafas, e até mesmo dois iintegrantes da banda Chimarruts – foto abaixo – deixaram sua assinatura.

chimarruts

Milhares de panfletos e adesivos foram distribuídos, para um público que aumentava à medida que o horário da abertura ds portões se aproximava. A ligação de Paul com o vegetarianismo/vegansimo, explicitada pela Vanguarda Abolicionista na manifestação, provocou as mais diferentes reações. Muitos se declaravam vegetarianos, veganos e até ativistas, outros viam tudo com incredulidade, e alguns poucos ficaram incomodados. “Tu mata o alface e o tomate que não têm como fugir, covarde filho da p***!”, esbravejou um grupo de jovens de classe média, visivelmente alterados. Não se sabe o porquê de terem pago cerca de 500 reais para o show de um artista vegetariano, militante e reconhecidamente sensível em relação aos animais – e outras causas nobres.

paul mccartney

Os ativistas deram entrevista para uma equipe de Santa Catarina que realizava um documentário, e a partir da abertura dos portões circularam por entre as milhares de pessoas que acorriam ao Beira-Rio. Esgotados pelas sete horas de pé sobre o asfalto e sob o Sol, os ativistas recuperaram as forças saboreando lanches veganos oferecidos pela culinarista Pris Machado, presente no ato.

paul mccartney porto alegre

Uma pasta de mini-pôsteres com fotos de protestos da Vanguarda Abolicionista, com apresentação em inglês, foi entregue à equipe de produção do espetáculo, para chegar às mãos do cantor. Alguns dos manifestantes, mesmo exaustos, entraram no estádio para assistir ao show, portando faixas, e o restante do grupo deixou o local para tratar da pós-produção de Comunicação do grupo.

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Galeria de imagens

Fotos: Marcio de Almeida Bueno
paul mccartney porto alegre

Fotos: RSantini
paul mccartney porto alegre

paul mccartney

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paul mccartney

paul mccartney
Fotos: RSantini
Fonte:
http://vanguardaabolicionista.wordpress.com/

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Protesto SHAC (Stop Huntingdon Animal Cruelty)

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No dia 24 de setembro de 2010, o Brasil participou da Semana de Ação da controversa campanha internacional SHAC (Stop Huntingdon Animal Cruelty), que pressiona para o fechamento do maior laboratório de vivissecção do mundo, a Huntingdon Life Sciences, que mata 500 animais por dia em seus laboratórios e tortura outros milhares a cada instante. A campanha para o fechamento da HLS conta com cerca de 10 protestos semanais em todo o mundo (mais de um por dia) e agora, pela primeira vez, o Brasil participa oficialmente da campanha mundial, que é tida como a campanha de maior sucesso contra a experimentação animal.

 

Marcando o primeiro protesto da SHAC no Brasil, 30 ativistas pelos direitos animais reuniram-se em São Paulo para protestar em frente ao escritório da Nomura, uma empresa que detém 30% das ações da Fortress Investment Group, que por sua vez fez um empréstimo vital à Huntingdon Life Sciences (HLS), cuja saúde financeira está em apuros já faz alguns anos. Diante de um prédio comercial localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, região nobre da cidade de São Paulo, os ativistas expuseram ao público e aos vizinhos da Nomura, de maneira muito vocal, onde a empresa escolhe investir o seu dinheiro: tortura animal e ciência fraudulenta. Para melhor ilustrar para onde vai o dinheiro investido, foi montado na calçada em frente ao prédio um aparato multimídia que mostrou a dor e tortura que acontecem dentro do laboratório HLS e sobre os quais a Nomura e a Fortress têm responsabilidade direta.

 

Leia aqui o relatório completo do protesto com fotos e vídeos: http://veddas.org.br/noticias/2010/10/21/protesto-shac-em-sao-paulo

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Da liberdade aos animais ou ‘hamster-correndo-em-uma-rodinha’

Se as pessoas têm plena dificuldade de compreender e vivenciar o conceito de liberdade, em suas própria vida, como ver a liberdade em seres que considera inferiores, os animais? Cada uma dessas pessoas aí fora, marchando pelo mundo na certeza de que realizou escolhas, dentro do fiapo de espaço que o sistema lhes permite, tem noção exata de que ser livre não significa quicar em paredes de condições e poréns? Gente que acha que escolheu alguma coisa na vida, apesar de a carreira ter sido teleguiada pelos pais, a aparência pessoal pela moda vigente, a sexualidade pela pressão social, os ‘favoritos’ por indicação, a alimentação pela tradição, o voto político pela falta de opções melhores, a religião pela família ou pela proximidade geográfica, as opiniões pelas vozes mais altas que ouve, entre todos que falam.

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Acostumado com o brete, o mundaréu de povo aí fora acha normal o animal escravo, o animal produto, o animal consolo, o animal serventia. ‘Ah mas é bem tratado’, resposta automática que mais ouço, um mantra cantado ad nauseam com sininhos de acompanhamento – justamente esse raciocínio que alguém teve, e o autômato ao lado achou razoável e incorporou a seu receituário de verdades. Sendo bem-tratado, OK, com a óbvia fiscalização onipresente-onisciente que alguém deve estar fazendo, não eu. Livre é tão distante porque esse sabor não lhe foi permitido, ou ainda só está sendo acenado para depois da morte, como uma bengala para tolerar a vida com a resignação que se faz necessária.

Aplicar esse bem maior que é a liberdade por sobre o lombo de um cavalo, cachorro, passarinho, porco, hamster ou galinha é visto como mais uma das excentricidades dos abolicionistas porque, no fundo do ralo, a vida de cidadão engessado incomoda aquele que resolve questionar os padrões. As promessas mágicas que a vida por si só parecia oferecer logo adiante, mas a passagem dos anos se revelou apenas um hamster-correndo-em-uma-rodinha, e esse afrouxar de cinto da liberdade vale tanto que não será para um porco que será atribuído, nem pro coelho que arde no laboratório, ou para o passarinho engaiolado que canta porque foi afastado da fêmea.

No corredor estreito que se permite correr, o populacho aí fora acredita que escolheu o programa de televisão, o prato do dia, o representante político, a cor do sapato, a marca de cigarro, a opinião firme sobre aborto / casamento homossexual / imposto sobre grandes fortunas / controle de natalidade / Deus / trabalho / Brasil / família / animais bem tratados ou não. No entanto, a ausência de leitura ou de conhecimento mais amplo sobre os assuntos não impede que a pessoa deite sua opinião em público, repetindo as palavras que ouviu do pai, ou que achou consistentes, ou que viu na TV alguém dizendo. Incapaz de sentir as próprias entranhas, de cuspir fora os embutidos morais que – voluntariamente – engole para não fazer feio aos demais.

Então se domado pela família, chicoteado pelo grupo social, marcado a ferro pela religião e cabresteado pelo chefe, este cidadão hipotético a quem me refiro vai ler como normal um animal que nasceu para o trabalho que não escolheu, sustentando terceiros. E que se tiver sorte, será bem tratado. Na sabedoria popular, na tradição oral passada adiante, o conformar-se com a própria situação está dentro das normas de etiqueta, do que se espera como razoável e sensato, para evitar transtornos ‘ao vizinho’.

Não será um porco escravo, útil para o lucro de uma minoria acima dos demais – pagantes silenciosos, que vai sensibilizar essa maioria que reza o terço dos hamsters, volta após volta na rodinha.

Vanguarda Abolicionista - Marcio de Almeida Bueno

Fonte: www.anda.jor.br/

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Stand da Vanguarda Abolicionista no Congresso Vegetariano foi o ponto de encontro do ativismo nacional

Fotos: RSantini
congresso vegetariano
Muitos nomes conhecidos passaram pela banquinha da VAL

De 16 a 19 de setembro, a Vanguarda Abolicionista esteve participando do 3º Congresso Vegetariano Brasileiro, ocorrido em Porto Alegre. O stand do grupo acabou sendo o ponto de encontro e bate-papo dos maiores nomes do ativismo e pensadores da causa animal no Brasil, atraídos pela qualidade do material exposto e pela recepção fraternal.

Congresso Vegetariano
Público interessado e selecionado foi uma constante no stand do grupo

Nomes como George Guimarães do VEDDAS, Bianca Turano e Núzia Brum da SVB/Rio, Bruno Müller e Leon Denis da Sociedade Vegana, Silvana Andrade da ANDA, Alex Avancini do Vegan Staff, Anderson Reichow e Lúcia Badia dos DDA/Pelotas, Fábio de Oliveira da UFRJ / UNIRIO, Márcio Linck do Projeto ProAnimal, Cacá e Marcelle Nedel do ComPaTA, Gunther Filho da Sea Shepherd e todo o grupo paraense Vegetarianos em Movimento estiveram circulando pela banca da VAL durante os quatro dias do congresso. O público geral do evento também se fez presente de forma maciça junto aos integrantes da Vanguarda Abolicionista, adquirindo camisetas, adesivos, buttons e livros, solicitando amostras do farto material gratuito, trocando contatos, batendo fotos, oferecendo-se para participar das atividades do grupo ou apenas parando para confraternização.

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Troca de idéias e descontração fizeram parte da presença da Vanguarda Abolicionista no Congresso

A Vanguarda Abolicionista também participou da programação de palestras e oficinas do congresso, sempre filmadas para posterior divulgação. No sábado, 18 de setembro, às 9h, o membro-fundador da VAL, jornalista Marcio de Almeida Bueno, ministrou a palestra ‘Comunicação de guerrilha, Jornalismo pé-na-porta e mantra-boca-suja: táticas e relato de cases’, sobre ações práticas de comunicação viáveis ao interessado em se engajar na causa animal, para uma sala cheia.

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Jornalista apresentou ferramentas e táticas de Comunicação para a causa abolicionista animal

A palestra seguinte esteve a cargo de outro membro-fundador do grupo, a bióloga Ellen Augusta Valer de Freitas, que apresentou ‘A defesa dos direitos animais na educação’ para uma sala lotada.

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Bióloga relatou suas experiências como educadora engajada

No dia 19, às 9h, houve a oficina de ativismo ‘Vanguarda Abolicionista e o ativismo linha-de-frente’, ministrada por Marcio de Almeida Bueno, que fez uma versão resumida da palestra do dia anterior, já que diversas pessoas não puderam assistir em função dos eventos simultâneos.

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Oficina da VAL reuniu ainda mais público para conhecer estratégias e casos em prol dos animais

Em seguida, a nutricionista Claudia Lulkin ministrou ‘Magia Vegetal: o vegetarianismo mudando paradigmas pró saúde humana, animal e do planeta’. A ativista e culinarista Pris Machado apresentou a demonstração culinária ‘Panquecas Recheadas & Cookies de Chocolate’ – ela e Claudia Lulkin montaram um concorrido stand em frente ao da VAL, que também recepcionou famosos e anônimos que circularam pelo Congresso Vegetariano.

Claudia Lulkin
Nutricionista apresentou seu vasto arsenal de conhecimento e experiências

A socióloga Eliane Carmanim Lima apresentou a palestra ‘Vegetarianismo – uma revolução cultural: evidências e implicações’, os parceiros Carol & Leo, do restaurante Casa Verde, apresentaram a demonstração culinária ‘Delícias veganas’, e Alex Avancini, do Vegan Staff, mostrou o protesto da Vanguarda Abolicionista na última Expointer como parte de sua palestra.

vegan staff
Vanguarda foi citada em palestra proferida por ativista de São Paulo

Integrantes do grupo ainda foram entrevistados para o programa Sintonia da Terra, dos Ecojornalistas, e para um documentário sobre vegetarianismo produzido por Rachel Siqueira, a popular ‘La Chica’. Houve jantar árabe na noite de domingo, 19, reunindo o VEM, do Pará, ComPaTA, de Passo Fundo, e a Vanguarda Abolicionista.

Fonte: http://vanguardaabolicionista.wordpress.com/

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Atualizações de Taiji: Nove golfinhos são mantidos presos

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De Michael Dalton
Líder da Campanha da Sea Shepherd em Taiji

Os amantes de golfinhos do mundo todo estão começando a convergir em Taiji. Voluntários da Sea Shepherd não serão os únicos a defender os golfinhos aqui por muito tempo. Na tarde deste sábado, 04, cerca de vinte pessoas recém-chegadas se reunirão na cidade. Mais ocidentais, como os japoneses da Guarda Costeira hoje se referiram a eles, estarão chegando nos próximos dias, semanas e meses, incluindo grandes celebridades.

Uma patrulha da Guarda Costeira japonesa mantém a guarda, é óbvio que para eles a presença da Sea Shepherd aqui é muito sério. Depois de termos sido perseguidos e interceptados esta manhã pela Guarda Costeira e pela Polícia do Japão, vemos que eles têm uma preocupação em suas mentes: será que voluntários da Sea Shepherd irão cortar as redes de novo como fizeram em 2003? Eu fui advertido sutilmente que seria preso se isso acontecesse. Eles sabem quem eu sou.

Ontem à noite observamos fora do porto o cercado onde os golfinhos estão, e vimos que os pescadores estão em alerta vermelho por aqui, e estão convencidos de que a Sea Shepherd mais uma vez fará um ataque bem sucedido contra as redes - os guardas foram posicionados em quatro veículos em dois pontos observando os cercados com faróis e luzes constantemente, e a troca de guardas a cada hora.

Hoje fizemos uma movimentação para verificar as redes, a enseada e o cercado no porto - sem redes para cima, todos os barcos ancorados no porto, incluindo um pequeno barco azul com um arpão que não vimos antes e não se movimentava em volta do cercado.

A paranóia deles é imensa.

Os pescadores não saíram para caçar ontem à noite, e não saíram hoje.

O que Ric O'Barry está fazendo em Tóquio com a mídia é bom. Precisamos de uma diversidade de abordagens aqui. O policial bom e o policial mau, a estratégia por assim dizer. Falar à imprensa em Tóquio e apresentar as petições são bons movimentos e a Sea Shepherd Conservation Society apoia Ric O'Berry, como sempre fizemos.

O nosso apelo para colocar os pés na areia aqui no marco zero desta campanha é destinado a um único propósito - obter o maior número de pessoas que dizem que se preocupam com os golfinhos, e são capazes de chegar até aqui - para virem aqui.

Se uma centena de pessoas pudessem estar aqui durante todo o calvário enfrentado por estes golfinhos, o assassinato poderia ser reduzido, ou até interrompido completamente. Estes golfinhos não deveriam ter que morrer fora da vista e da mente. Não precisa ser a mesma centena de pessoas. As pessoas podem vir por duas semanas ou mesmo alguns dias e, então, serem substituídas por outras. Certamente a compaixão para com os golfinhos podem trazer corpos para o marco zero aqui em Taiji.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do ISSB

Fonte: http://seashepherd.org.br/

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