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Veganismo e libertação animal

girafa livre

Dias do chimpanzé como cobaia podem chegar ao fim

chimpaze
Em uma jaula ao ar livre em forma de cúpula, dezenas de chimpanzés gritam. Os pelos das costas estão levantados.

Segundo a Dra. Dana Hasselschwert, chefe de ciências veterinárias do Centro de Pesquisas de New Iberia, "Isso é piloereção", um sinal de excitação emocional.

Ela pede aos visitantes que mantenham distância. Os chimpanzés costumam atirar pequenas pedras ou objetos mais perigosos quando ficam agitados.

A semelhança dos chimpanzés com os humanos os torna importantes para pesquisas, mas também gera muita solidariedade. Para os pesquisadores, esses animais podem significar a melhor chance de descobrir a cura de doenças atrozes. Para muitas pessoas, porém, eles são nossos parentes atrás das grades.

 

A pesquisa biomédica com chimpanzés ajudou a produzir a vacina contra a hepatite B e tem por objetivo produzir a vacina contra a hepatite C, que infecta 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, há muito que os protestos contra essa pesquisa consideram-na cruel e desnecessária. Devido à grande pressão atual de organizações de defesa dos animais, a decisão judicial que porá um fim a este tipo de pesquisa nos Estados Unidos pode vir em um ano. Atualmente, apenas os Estados Unidos e outro país conduzem pesquisas invasivas com chimpanzés. O outro país é o Gabão, que fica na África central.

Segundo Wayne Pacelle, presidente e diretor executivo da Sociedade Humanitária dos Estados Unidos, "este é um momento bastante diferente dos outros". "É o momento de tirar os chimpanzés da pesquisa invasiva e dos laboratórios", afirma.

John VandeBerg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa sobre os primatas do sudoeste, concorda que este é "um momento crucial". O centro é um dos seis laboratórios do país onde há chimpanzés. As diversas tentativas dos opositores "podem levar ao fim de toda a pesquisa médica com os chimpanzés", afirmou.

A sociedade e outros grupos pressionaram os NIH (Institutos Nacionais da Saúde) americanos para que fosse elaborado um relatório sobre a utilidade da pesquisa com chimpanzés, aguardado para este ano. A Sociedade Humanitária também se uniu ao Instituto Jane Goodall e à Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem para elaborar uma petição ao Serviço de Fauna e Peixes dos Estados Unidos, na qual é declarado o risco de extinção dos chimpanzés em cativeiro, uma vez que os que vivem na natureza já estão ameaçados, oferecendo a eles mais proteção. A decisão é aguardada para setembro do ano que vêm.

Além disso, o Great Ape Protection and Cost Savings Act (Lei pela proteção e redução de custos com grandes símios) irá proibir o uso de todos os grandes símios nas pesquisas invasivas (incluindo bonobos, gorilas e orangotangos). O republicano Roscoe Bartlett, deputado pelo estado de Maryland, é um dos apoiadores da lei. Segundo Bartlett, a lei representará uma economia de US$ 30 milhões para o contribuinte, quantia que é gasta anualmente com os chimpanzés de propriedade do governo.

Segundo Pacelle, é alto o custo da pesquisa invasiva com chimpanzés, sendo que existem alternativas. Além disso, os procedimentos realizados são dolorosos e os animais são mantidos em isolamento, afirma.

"Esta espécie está ameaçada de extinção e é a mais próxima dos humanos geneticamente", afirma. "Além disso, não devemos abusar de nosso poder", afirma.

VandeBerg, em contrapartida, afirma que suspender as pesquisas com chimpanzés representaria uma ameaça a vidas humanas.

"A redução do índice de desenvolvimento de medicamentos para essas doenças significará a morte de centenas de milhares de pessoas, milhões de fato, devido a anos de atraso", afirmou.

Se a pesquisa permite salvar vidas humanas, afirmou VandeBerg, "seria totalmente antiético não realizá-la", afirmou VandeBerg.

Os laboratórios de pesquisa dos Estados Unidos abrigam mil chimpanzés, e o Centro de Pesquisas de New Iberia é um deles. O centro pertence à Universidade de Louisiana em Lafayette, e ocupa 40 hectares do centro da Louisiana francesa ou acadiana, aproximadamente 210 quilômetros a oeste de Nova Orleans. Nele vivem 360 chimpanzés, sendo que 240 pertencem à universidade e 120 ao NIH, além de outros seis mil primatas, a maioria da espécie macaco-rhesus. A instituição foi acusada de maus-tratos no passado, sendo que foram descobertas e corrigidas algumas violações às normas de tratamento dos animais, de acordo com as inspeções do Departamento de Agricultura. Na última inspeção, ocorrida em julho, foram descobertos medicamentos para os animais com prazos de validade vencidos.

Em uma visita recente, verificou-se que alguns chimpanzés ficavam em cúpulas geodésicas de 10 metros de diâmetro e outros em jaulas menores ao ar livre. Além destes, o doutor Thomas J. Rowell, diretor do centro, contou que um número inferior a dez estava sob estudo ativo, em jaulas internas medindo 1,5 por 1,8 metro e 2,0 metros de altura. Os procedimentos práticos envolviam aplicação de injeções, retirada de amostras de sangue e biópsias hepáticas, as quais eram realizadas sob efeito de anestésicos.

Muitos estudos têm duração de apenas alguns dias, afirmou Rowell, mas alguns demoram mais tempo. Quase concluído, um estudo vinha sendo realizado há quatro meses. Rowell defendeu com entusiasmo o tratamento proporcionado aos chimpanzés no centro, enfatizando os cuidados veterinários e o empenho em melhorar a forma como vivem, tornando os ambientes do alojamento mais interessantes.

Os chimpanzés são utilizados em pesquisas nos Estados Unidos desde a década de 1920, quando Robert Yerkes, professor de psicologia da Universidade de Yale, começou a leva-los para o país. Durante a década de 1950, a força aérea passou a reproduzi-los para o uso no programa espacial, a partir de 65 espécimes capturados na natureza. Os chimpanzés também foram procriados para serem usados em pesquisas da AIDS nos anos 1980, que não obtiveram avanços. Em meados da década de 1970, o apoio à preservação de espécies ameaçadas de extinção havia aumentado, e a importação de chimpanzés retirados da natureza foi proibida. Nos anos 2000, foi aprovada uma lei federal exigindo a aposentadoria dos chimpanzés pertencentes ao governo após o fim de seu uso em experimentos. Foi inaugurado em Shreveport, na Louisiana, o Chimp Haven, um santuário nacional de chimpanzés, para dar assistência a esses a outros chimpanzés.

A tentativa de trazer de volta para a linha de pesquisa os chimpanzés semiaposentados do santuário Alamogordo Primate Facility, no Novo México, foi o que induziu em parte o recente aumento da oposição às pesquisas. O NIH queria transferir cerca de 200 de seus chimpanzés do Alamogordo para o centro de San Antonio, que pertence ao Instituto de Pesquisas Biomédicas do Texas. A Sociedade Humanitária intercedeu para evitar a transferência e o NIH cedeu, pedindo a realização de um relatório dos chimpanzés utilizados em experiências este ano ao Instituto de Medicina, um conselho consultivo.

O Chimp Haven é o potencial destino dos chimpanzés aposentados e possui atualmente 132 deles vivendo em um bosque de pinheiros de 80 hectares. Eles ficam alojados em uma variedade de jaulas e recintos cercados, incluindo um pátio de recreação a céu aberto, com 4 mil metros quadrados e envolto em muros de concreto, além de dois habitats de floresta, um de 16 e outro de 20 mil metros quadrados, delimitados por um fosso e por cercas. Porém, os chimpanzés que estão nos centros de pesquisa, talvez nem saiam dali, mesmo após o fim dos experimentos. É possível que apenas fiquem ali, livres dos estudos invasivos.

Seja qual for a decisão, os pesquisadores e defensores dos chimpanzés sabem que eles representam uma pequena parte do total da pesquisa realizada com animais e do debate mais amplo.

Segundo Kathleen Conlee, diretora sênior para questões de pesquisa animal da Sociedade Humanitária, a atual discussão em relação aos chimpanzés indica o caminho para o futuro.

"Este tipo de análise rigorosa deveria ser aplicada a toda a pesquisa com animais", afirmou.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

 

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Touro resgatado de arena, agora vive em um santuário.

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Seja seu bicho predileto!

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As estampas super realistas são da marca The Mountain, que conseguiu um efeito 3D incrível com os animais, dando a impressão que os bichos estão saltando da malha. Confiram, abaixo, o resultado.

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Estão abertas as inscrições de público para a II Mostra Animal

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Mostra Internacional de Cinema Pelos Animais traz filmes inéditos ao Brasil, gera expectativa no público e promete sessões lotadas

O cinema sempre trouxe questões surpreendentes em suas abordagens. E não será diferente na II Mostra Internacional de Cinema Pelos Animais. Durante dois dias, a realidade e os diversos ângulos da complexa relação entre seres humanos e outros animais será abordada através de filmes e documentários.

A segunda edição vai trazer aos amantes da sétima arte as diversas faces desse tema em todos os seus aspectos, sejam eles de cooperação ou de exploração, bem como os impactos socioambientais que essa relação traz.

O evento contará com filmes inéditos no Brasil, como o novo filme do Partido Animal Holandês “Sea The Truth”, a nova produção do Instituto Nina Rosa, a animação “Vegana: Uma história de amor e respeito por todos os seres”, o lançamento nacional do filme carioca “O Abrigo”, que mostra de forma comovente o drama vivido por animais na maior catástrofe natural já ocorrida no país, entre outros filmes dos mais variados formatos, desde amadores e independentes às grandes produções.

A programação da II Mostra Animal foi construída com ampla participação do público que enviou centenas de sugestões de filmes e vai contar com a presença do convidado especial Juiz Federal Anderson Furlan, presidente da Associação Paranaense de Juízes Federais e defensor convicto dos Direitos Animais, que fará palestra magna na cerimônia de abertura; além disso, haverá apresentação artística do poeta vegano Zetti Nunes, bate-papo com realizadores de filmes e mesa de debate com Andresa Jacobs (bióloga), Joselaine Seidel (psicóloga, CRP-08/14885) e Astrid Pfeiffer (nutricionista, C.R.N 8-3024).

Durante a Mostra Animal de 2011, que será realizada nos dias 05 e 06 de novembro, na Cinemateca de Curitiba, serão vendidos produtos que tem como preceitos o respeito aos animais como materiais de leitura, até produtos alimentícios.

O evento, idealizado e coordenado pela Sociedade Vegetariana Brasileira em Curitiba (SVB), teve expressivo sucesso em sua primeira edição, realizada em 2009. O coordenador da SVB na capital paranaense, Ricardo Laurino, conta que a primeira edição terminou com a promessa de uma nova edição, que vai acontecer pelo esforço de vários voluntários, parceiros e patrocinadores. “Os animais são seres que, a cada dia que passa, ganham maior visibilidade nas discussões éticas de nossa sociedade. Trazer este tipo de debate para as telas através de diversas produções, além de atender a um público abrangente e em expansão, vem colocar o cinema em consonância com a sociedade”, explica. “A mostra vai reunir os trabalhos já realizados e estimular novas produções que expressam as diversas visões relativas ao tema”, diz Ricardo sobre a segunda edição da mostra que recebeu o dobro de filmes inscritos e uma gama maior de temas abordados que a primeira.

Em 2009, foram passados filmes importantes como o famoso documentário norte americano “Terráqueos”, de produção independente que tem como narrador o ator Joaquin Phoenix e o filme Não Matarás, do Instituto Nina Rosa.

Inscrições para o público

As inscrições podem ser feitas de duas maneiras: através do site: www.mostraanimal.com.br e pessoalmente nos dias 05 e 06 de Novembro na própria Cinemateca, respeitando a ordem de chegada, já que as vagas são limitadas.

Serviço

II Mostra Internacional de Cinema pelos Animais

Data: 05 e 06 de novembro de 2011

Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 1174)

Site: www.mostraanimal.com.br

Mais informações:

Ricardo Laurino (Coordenador da SVB Curitiba)

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Assessoria de Imprensa:

Bianca Nascimento: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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Ativistas da ALF que cumpriram pena por defender animais são libertados

Jonny Ablewhite e Kerry Whitburn, ativistas pelos animais, foram postos em liberdade na última sexta-feira (30), após cumprir seis anos de uma pena de doze anos, por relação com a campanha “Save the Newchurch Guinea Pig”. Ligados à organização ALF – Animal Liberation Front, eles lutavam pelo fechamento de uma fazenda do Reino Unido que criava cobaias para servir a pesquisas ‘científicas’.

Durante os anos de encarceramento, Jonny escreveu cartas em que refletia sobre situação dele e dos animais escravizados. Agora, após a notícia de sua libertação, Jonny deixou uma última e emocionante carta pública:

 

“Meus queridos amigos vegans,

Esta é a minha última carta pública e meu último artigo pseudointelectual da prisão. Aleluia! Admito que, como muitos de nós, sempre tive uma visão extremamente pessimista da humanidade e sobre o que significa ser um membro da nossa estranha espécie de pós-primatas. Eu não pensei muito nos últimos seis anos, querendo desesperadamente encontrar alguma epifania ecológica ou evolutiva que me fizesse ver claramente como a harmonia poderia ser alcançada com estes vorazes predadores que são os humanos.

Jonny Ablewhite. (Foto: Reprodução/ Animal Rights Prisoner Support)

Essa visão nunca veio. Os relâmpagos eram uma fantasia. Agora que esta viagem de seis anos termina, minha mente fica mais lenta e ainda sofre a perda recente de minha mãe, minhas ideias são menos dramáticas e mais claras. Não estão sepultadas por fantasias, esperanças ou visões, mas pelo conhecimento, por saber que houve uma hora ou um dia ou uma semana destes longos seis anos em que não tenha me sentido querido e apoiado por uma comunidade internacional de vegans compassivos. Não preciso de relâmpagos: sei que há um mundo de ativistas conscientes lá fora: organizando, criando estratégias e vivendo a sua luta pela libertação animal e da terra todos os dias. Como eu sei tudo isso? Porque durante seis anos vocês têm escrito e me contado.

A experiência acumulada deste importante bombardeio de informações tem me ensinado que o veganismo e o altruísmo são sinônimos e simbólicos, como constante incentivo de um ao outro, cada um evoluindo e expandido a compaixão global em benefício de toda a vida. Nesta rejeição de toda dominação e opressão, o veganismo torna-se uma oportunidade permanente para a mudança. Uma plataforma política, ecológica e ética que regenera e reafirma o altruísmo nos corações e mentes daqueles que o praticam. Cada vez que recusamos consumir carne animal ou produtos testados em animais, estamos questionando a relação entre os seres humanos, os animais e as plantas. E, como se sabe, os vegans se esforçam pela harmonia e igualdade nessas relações e permanecem lutando e em guarda, quando essa harmonia é explorada ou atacada. E isso acontece porque o veganismo é um compromisso moral com o princípio da liberdade, uma natural e evoluída expressão de liberdade! Persistentemente mudamos todas as formas de especismo pelo bem dos animais e de vítimas de abuso e seu maltratado lugar, a terra. Gritar! Sentir orgulho! Ser vegan!

Passaram seis anos, uma saga épica de seis anos atrás de mim, e vivo com esta avaliação segura de que nós, os vegans, estamos fazendo as coisas corretamente, do nosso próprio, diferente, complexo e diversificado modo. Cada carta, e-mail e visita que recebi (de velhos e novos amigos, de perto e de longe) tinham uma coragem indomável e pioneira, que me lembra muito a minha mãe, uma tenacidade que se recusa a aceitar a injustiça e se preocupa com todas as vítimas de abuso e opressão. Vocês todos foram tão incrivelmente carinhosos e generosos… vocês mantiveram minha cabeça fora da água quando achava que o melhor era se afogar. Agradeço-lhes com cada uma das minhas células e moléculas por isso. Em breve, eu estarei preparado para comemorar a vida de minha mãe e minha própria liberdade, e lembrarei sempre que maravilhosos e queridos amigos vegans tenho ao redor do mundo!

Pelos animais inocentes, torturados, convertidos a objetos, perseguidos e assassinados, que tanto necessitam de nossa ajuda cada dia.

Por minha mãe, Peggy Ablewhite, que me criou e me amou.

Honrarei sua memória com o coração agradecido.

Por todos vocês, meus queridos amigos vegans.

Jonny”

 

Com informações de: Agência de Notícias Anarquistas

Nota da Redação: Caso você queira enviar mensagens aos ativistas que foram aprisionados por lutar pela liberdade dos animais, a ALF disponibiliza em seu site um espaço com informações sobre os prisioneiros e formas de contato: http://www.alfsg.org.uk/current_prisoners.html

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