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Veganismo e libertação animal

girafa livre

Restaurante dos EUA liberta lagosta de 140 anos

949904-1408-it2.jpgUma lagosta cuja idade foi estimada em 140 anos foi retirada de seu aquário em um restaurante de frutos do mar em Nova York e seria solta no mar da costa de Maine, onde a pesca de lagosta é proibida.

George, a lagosta gigante, pesa cerca de 9kg e teria sido pescada apenas duas semanas atrás, e comprada pelo restaurante City Crab and Seafood por US$ 100 (R$ 229,50).

A lagosta ficava no aquário do restaurante, onde foi adotada como mascote e era fotografada constantemente com os clientes.

Mas o grupo de defesa dos direitos dos animais Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) organizou uma campanha pedindo a libertação da lagosta, para que fosse devolvida ao oceano.

George teria sido originalmente pescada em águas canadenses. Sua idade foi estimada a partir de seu peso.

O restaurante afirma que nunca teve a intenção de servir a lagosta, e que ela seria usada apenas para atrair a atenção dos clientes.

Ingrid Newkirk, do Peta, elogiou a decisão do restaurante.

"Nós aplaudimos os donos do City Crab and Seafood por sua decisão compassiva em permitir que este nobre ancião viva seus últimos dias em paz e liberdade."

"Esperamos que seu gesto gentil sirva como exemplo de que esses intrigantes animais não merecem ser confinados em pequenos aquários, ou fervidos vivos."

 

 

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Culinária 100% Vegetariana no SENAC

No dia 03 de dezembro de 2008, foi apresentado o Trabalho de Conclusão de Curso de Cozinheiro (TCCC) de mais uma turma de formandos no SENAC, em Porto Alegre. Seria talvez apenas mais um menu entre tantos se o grupo não tivesse uma proposta radicalmente diferente, até então inédita na escola de gastronomia do SENAC. Os alunos Alan Chaves, Daniel Carcuschinsk, Eduardo Chassavoi Maister e Suzane Nunes de Abreu decidiram preparar uma refeição completa sem utilizar qualquer ingrediente de origem animal. pratosveg.jpeg

      A razão da escolha é simples: um deles é vegano, isto é, uma pessoa que não utiliza qualquer produto de origem animal, não só na alimentação mas também nas demais formas de consumo, por acreditar que os animais são sensíveis, conscientes e, por princípio ético, não devem ser explorados e mortos para satisfazer interesses humanos. Não que Alan Chaves, 27 anos e vegano há 8, tenha tentado “catequizar” os colegas, muito pelo contrário: “Não entrei no curso para buscar conflito e tinha ciência de que não trabalharia apenas com vegetais, mas, infelizmente, não achei nada estritamente vegetariano que me garantisse capacitação técnica do nível de um curso do SENAC.” Apesar de sua posição filosófica, segundo Alan, o decorrer do curso foi tranqüilo, e tanto os mestres-chefs como os colegas de aula foram bem receptivos à sua opção. Tanto que, chegada a hora de apresentar o TCCC, partiu do seu grupo a idéia de criar pratos totalmente vegetarianos.

      A idéia foi considerada muito original pelo orientador do grupo, o professor Marcus Jiorge dos Santos:

Com essa proposta diferenciada, o desafio foi mostrar que as técnicas da culinária são aplicáveis aos mais variados cardápios, inclusive o estritamente vegetariano. 

      No dia da apresentação, a agitação era grande não só na cozinha do SENAC, onde o grupo preparava o cardápio, mas também do outro lado da parede envidraçada, onde parentes, amigos e colegas de curso observavam tudo com curiosidade. “Esse é o grupo vegetariano”, cochichavam alguns. “Sim, e o prato deles foi bem bolado, mas, para mim, sem carne não tem condições”, alguém comentou. “O que será que eles estão preparando?”, era a pergunta que pairava no ar. “Não sei, mas acho que vão fazer tudo de soja”, foi a resposta.

      Na posição de coordenador do Grupo Porto Alegre da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), fui convidado a participar da banca avaliadora e, assim, tive a oportunidade de conferir o cardápio de perto. E não, os criativos alunos não caíram no pecado de “fazer tudo de soja”. Mostraram técnica, bom gosto e apuro na elaboração do menu.

      A entrada foi um delicioso ninho de espinafre e tomate frito, com delicado sabor agridoce. O prato principal foi um espetacular triunvirato: funghi flambado, acompanhado de risoto de tomate seco e falafel (bolinhos de grão-de-bico com molho de gergelim). A sobremesa: petit gâteau à moda vegana, com pistache, cerejas e um nada óbvio recheio à base de licor de menta.

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Missão cumprida: os alunos Eduardo Chassavoi Maister, Suzane Nunes de Abreu, Daniel Carcuschinsk e Alan Chaves, juntamente com o orientador Marcus Jiorge dos Santos e os membros da banca examinadora, após apresentação do TCCC vegano no SENAC. 

      Todos os membros da banca apreciaram a refeição e aplaudiram o trabalho do grupo, aprovado com louvor. Nos comentários, foi destacado que, hoje, em mundo em que o número de vegetarianos cresce a cada dia e onde muitos buscam comer menos carne, os profissionais da culinária precisam estar preparados para confeccionarem refeições completas, nutritivas e apetitosas sem utilização de ingredientes de origem animal.

      Como se não bastasse o fato de a refeição vegana ser mais ética, compassiva, saudável e ecológica, o grupo frisou, ainda, o baixíssimo custo per capita de cada refeição do menu por eles elaborado: apenas R$8,00.

 

      Nigella Lawson, uma das mais importantes jornalistas na área de gastronomia e culinária, colunista do New York Times, certa vez escreveu que, para ela, seria um pesadelo um dia acordar e se encontrar vegetariana, pois, como cozinheira, se sentiria como um pintor que se visse diante de uma paleta sem algumas cores. Em contraponto, com seu trabalho, o grupo de Porto Alegre provou que um Picasso não precisa de tantas cores assim para ser um Picasso. Para trazer à luz toda genialidade de uma “Fase Azul”, basta saber usar as tintas que se possui.

Texto: Rafael Bán Jacobsen*

Fotos: Gabriel Garcia Soares

 

*Rafael Bán Jacobsen é fundador e atual coordenador da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) em Porto Alegre, proferindo palestras sobre o tema em encontros nacionais (site www.svbpoa.org). Recebeu o prêmio “Ativista Vegetariano do Ano” conferido pela Sociedade Vegetariana Brasileira por ocasião do 1º Congresso Vegetariano Brasileiro e Latino-Americano (2006). Participa, ainda, do Grupo pela Abolição do Especismo (GAE) de Porto Alegre (site: www.gaepoa.org), entidade que, além de promover o estudo crítico de textos filosóficos sobre o abolicionismo animal, realiza periodicamente manifestos de grande repercussão no Rio Grande do Sul e é colunista do badalado site de vegetarianismo Vista-se (www.vista-se.com.br).

 

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Eles não acham graça no circo

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Diário do Comércio, 13, 14 e 15 de dezembro de 2008, p. 12.

Debate na OAB/SP dividiu ativistas e donos de circos. Ambientalistas defendem a proibição de animais nos espetáculos em todo o país, alegando maus-tratos.

Ricardo Osman

Os ânimos ficaram exaltados e quase terminou em confusão a palestra organizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), na quinta-feira à noite, sobre utilização de animais em circos no país. Um projeto de lei neste sentido já tramita na Câmara dos Deputados.

Mas a turma do circo apareceu no final. Representantes do Circo Spacial e do Le Cirque decidiram discursar no microfone diante do auditório lotado na sede da OAB, na praça da Sé.

“Estamos aqui porque querem acabar com o circo”, disse Marlene Olimpia Querubim, presidente do Circo Spacial, que defende o uso de elefantes, leões e macacos nos picadeiros. “É o público que pede para ver shows com animais”, alegou, acrescentando que se sente perseguida pela polícia nas cidades onde a utilização de animais nos espetáculos circenses está proibida por lei municipal. Atualmente, 55 Municípios brasileiros não permitem a presença de animais nos circos, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Zoológico – “Até o meu trailer a polícia já entrou em busca de bichos”, disse ela. Ao seu lado estava um homem que se apresentou como o sócio do Le Cirque. Era Augusto Stevanovich e também discursou. Disse que veio de Brasília. “Comprei um rinoceronte branco por 40 mil dólares e trouxe o animal para o Brasil, mas estão tentando tirá-lo de mim”, protestou. “Já levaram meus elefantes para o zoológico”.

Um participante, na platéia, gritou “Façam circo sem animais!” e foi aplaudido pelos presentes. Neste momento o ativista da VEDDAS, ONG de defesa dos direitos dos animais, George Guimarães, perguntou em voz alta se os animais eram “felizes no circo”. “Quero saber apenas isso”, disse Guimarães. Já passava das 22 horas e o presidente da mesa, Denis Donaire Júnior, da Comissão de Meio Ambiente da OAB-SP, encerrou o debate. Mas a discussão continuou quente na Praça da Sé.

Na calçada, a presidente do Circo Spacial fez novo desabafo e disse que, apesar dos palhaços, mágicos e trapezistas, são os animais que garantem a bilheteria dos circos. “O público no interior, lá em Juazeiro do Norte, quer ver é o ‘ratão da Amazônia’, como eles chamam o elefante”, disse Marlene. “Sem os animais eles vão dizer que o circo não tem graça”.

Prevaleceu na palestra posição favorável dos advogados, estudantes de Direito e dos ativistas a favor de rigorosa proibição em todo o país de animais nos picadeiros. No auditório lotado, antes do bate-boca, foram exibidas fotos e vídeos que revelam maus-tratos aos animais e discutida a necessidade de uma lei para regular o assunto.

Abandono – Nina Jacob, ativista, e Renata de Freitas Martins, advogada especializada em Direito Ambiental, contaram a história de um macaco que vivia acorrentado no trailer quando não estava no picadeiro e de leões que, depois de anos servindo ao respeitável público, foram abandonados velhinhos por donos de circos.
“Depois de usados, os animais são largados em estradas no interior”, disse Nina Rosa, mostrando fotos do flagrante ocorrido no Estado de São Paulo. Ela exibiu também provas de que leões e ursos têm seus dentes e garras cortadas para que sejam inofensivos aos domadores. E aí afirmou que os elefantes aprendem a “dançar” porque levam estocadas em pontos sensíveis do corpo.

Renata afirmou que os animais não se divertem em cena. “O circo é uma atividade que não tem nada a ver com a natureza dos bichos. A utilização de animais em espetáculos é cruel, imoral e antiética”, disse. “Não deve ser admitida em hipótese nenhuma”.

Frigorífico – Na palestra Renata Martins narrou como resgatou, com um grupo de ativistas, o leão Darshan, que vivia trancado no quarto de um frigorífico no Espírito Santo. “Participei pessoalmente do resgate”, disse ela. O dono de um circo passou pela cidade e deu o leão para o frigorífico em troca de carne. A imagem do animal desconsolado no chão em nada lembra o rei da selva.

“Recebemos uma denúncia e fomos ao local. O Darshan estava há doze anos fechado no quarto”, contou Renata. “Tivemos que recorrer à Justiça e solicitar ajuda da policial para tirar o animal”. Ela perguntou: “É assim que os donos de circo tratam os leões?”. Hoje Darshan vive em um santuário ecológico.

Os dois outros palestrantes da noite foram o advogado Daniel Braga Lourenço, formado pela PUC-Rio e especialista em Direito Ambiental pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o promotor de justiça de São José dos Campos (SP), Laerte Fernando Levai.

Lourenço discorreu sobre como os animais estão inseridos no Direito. Entrou no campo da Filosofia, da religião e da História para propor mudanças na maneira da sociedade atual conviver e proteger os animais.

Lei – O promotor Levai discorreu sobre moral e ética para tratar do assunto e finalizou com o anúncio de “uma boa notícia”. “Recebi a informação de que foi aprovado na Câmara Municipal de São José dos Campos projeto que proíbe uso de animais em circos no Município”. Agora resta a sanção do Prefeito da cidade.

A platéia aplaudiu. Mais uma cidade deverá entrar para a lista dos locais onde os animais não poderão estar em picadeiros pulando arcos de fogo ou dançando com roupas de bailarinas. A advogada Renata estimulou todos a irem à luta: enquanto não for aprovada lei federal sobre o assunto, todos devem tentar mudar as regras nas Câmaras dos Vereadores.

O que seguiu foi uma aula sobre os artigos da Constituição referentes ao conteúdo do Decreto 24.645, de 1934, e da Lei 9.605, de 1998, que defendem o meio ambiente e condenam os maus-tratos em animais no país. Os advogados e ativistas querem uma batalha jurídica a favor da causa.

O promotor Levai encerrou os debates referindo-se ao projeto de lei que tramita na Câmara Federal. “Faço votos para que o projeto seja aprovado”, disse ele. “Não sou contra o circo, mas contra os circos que têm animais”.


Projeto proíbe a apresentação dos bichos nos picadeiros de todo o país.


Deputados discutem o destino dos animais


O ano de 2009 será decisivo para os animais que trabalham em circos no Brasil. O destino deles está nas mãos dos deputados e senadores.

Atualmente, tramita na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados o projeto de lei número 7.291, de 2006, que proíbe a utilização de animais de quaisquer espécies nos espetáculos de circo no país. Espera-se uma decisão sobre o assunto ainda no primeiro semestre.

O relator do projeto é o deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS), que fez um substitutivo ao projeto  que recebeu do Senado, elaborado pelo Senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Dias é favorável à regulamentação da atividade de animais nos circos mas não a proibição. Sua proposta define regras e exigências como a presença de veterinários nos circos.

Biffi recebeu o projeto em 2007 e fez as mudanças. Em sua proposta os circos em funcionamento no território nacional terão três anos para dar destino aos animais. O projeto prevê o envio dos animais para zoológicos ou instituições que cuidam, com autorização do Ibama, de animais selvagens e exóticos. A atual legislação já proíbe o uso de animais da fauna nacional em espetáculos, assim como o seu comércio. Mas nada fala sobre bichos domésticos e os que vêm da África ou da Ásia.

O projeto de lei 7.291 tem um longo caminho pela frente. Da Comissão de Cultura e Educação seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Depois deve voltar ao Senado. O gabinete do deputado prepara audiência pública sobre o assunto para depois do recesso parlamentar, no início de 2009.

Biffi lançou na semana passada, junto com outros deputados, a frente parlamentar do circo. O grupo pretende defender bandeiras ligadas aos trabalhadores e à educação de seus filhos, dificultadas pelo fato da atividade ser itinerante. Há cerca de 2500 circos no país. Mas em relação aos animais a Frente já tem posição fechada: é contra a presença deles nos picadeiros.

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Fotos Dida 2008

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Dia Internacional dos Direitos Animais 2008
07/12/08
Av. Paulista - São Paulo

Debaixo de um sol de rachar coco, ativistas dos grupos Holocausto Animal e VEDDAS deram um show de ativismo nesse domingo na manifestação "Lugar de animal não é no circo" em observação ao Dia Internacional dos Direitos Animais (DIDA 2008).

Por mais de 5 horas, os ativistas distribuíram quase 20 mil panfletos à população, empunharam diversos banners e faixas e entoaram gritos de guerra contra a exploração de animais em circos.

Destaque para a carreta de circo gentilmente emprestada pelo Rancho dos Gnomos que percorreu toda a extensão da Av. Paulista com ativistas enjaulados caracterizados de animais.
 
NÃO BASTA SER ATIVISTA DE COMPUTADOR, TEM QUE PARTICIPAR!

AOS QUE COMPARECERAM O NOSSO MUITO OBRIGADO.

Fábio Paiva
coordenador geral
holocaustoanimal.org
 

 

Fotos: * Andreia Dupski *

 
 
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Moda Sem Crueldade

neide.jpgO Programa de Extensão EcoModa/UDESC teve início em agosto de 2005, sob a coordenação da professora Neide Köhler Schulte. Surgiu a partir do projeto de extensão ‘Desenvolvimento de coleção para o 1° Veg Fashion’, que aconteceu em 2004, para atender a um convite feito por Marly Winckler, presidente da SVB - Sociedade Vegetariana Brasileira - organizadora 36° Congresso Mundial de Vegetarianismo1, para participar do evento com um desfile. O evento foi realizado em Florianópolis no Hotel Resort Costão do Santinho, no período de 08 a 12 de novembro de 2004. O tema proposto para o desfile foi ‘moda sem crueldade’. Todas as peças foram confeccionadas sem matéria-prima de origem animal. Foram desenvolvidos dois desfiles pela UDESC. O primeiro desfile foi produzido pelo projeto de extensão, com a participação de uma equipe de alunos e professores da UDESC e pessoas da comunidade. Todas as peças foram confeccionadas com reaproveitamento de materiais. A partir de uma campanha no CEART – Centro de Artes da UDESC – foram arrecadados: roupas usadas, tecidos, calçados e demais objetos do vestuário que não eram mais utilizados. Após triagem das doações recebidas, algumas peças foram totalmente desmontadas para criação de novos modelos, e outras receberam tingimentos, aplicações, customização, ou outras técnicas. A coleção foi chamada ‘Chic é ser consciente’2. O segundo desfile foi produzido pelos alunos formandos da oitava fase do curso de moda. Utilizaram tecidos novos, mas buscaram propostas ecológicas para tecidos como o aproveitamento do pet, o couro vegetal, as fibras orgânicas, entre outros. A coleção foi chamada ‘Sementes da Moda’. 

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Figura 1 – Desfile ‘Moda se crueldade’ – EcoModa’ e Sementes da moda’,

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